Da Redação - Katiana Pereira
Foto: Reprodução
Chico Galindo será intimado a prestar depoimento na PF em investigação de fraudes em prefeituras
Um agente da PF em Cuiabá confirmou ao Olhar Jurídico que aguarda os quesitos vindos da PF em Brasília, que coordena a “Operação Miquéias”, para intimar Galindo.
O jornal O Globo divulgou uma matéria revelando que o relatório da PF cita gravações com autorização judicial em agosto do ano passado narrando encontros que Galindo teria tido com integrantes da quadrilha. Na época ele ainda estava no cargo de prefeito.
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Nas conversas gravadas, os integrantes da quadrilha discutem, segundo a PF, o processo de suposta cooptação do então prefeito. Luciane Hoepers, apontada na investigação como integrante da quadrilha, foi a Cuiabá para o encontro.
Ela conta que o então presidente do instituto de previdência municipal passou a cuidar do caso de maneira burocrática e foi preciso recorrer a um secretário municipal, cujo nome não é citado na conversa, para resolver.
O relatório da PF afirma que, três dias após a última conversa entre os integrantes da quadrilha, houve reunião do Conselho Fiscal do Instituto de Previdência Social dos Servidores de Cuiabá (Cuiabá-Prev). E a ata registra que Galindo tinha feito um pedido pessoal para alteração do perfil de investimentos do fundo no valor de R$ 21 milhões. As aplicações deveriam ser destinadas aos fundos Eslovênia, Vitória-régia e Elo.
Advogado suspeito
A Polícia Federal indiciou o advogado Marden Elvis Fernandes Tortorelli, alvo da Operação Miquéias em Mato Grosso, por formação de quadrilha e tráfico de influência. Na quinta-feira (19), agentes da PF cumpriram um mandado de busca e apreensão no escritório de Tortorelli, localizado no bairro Santa Rosa.
Investigações da PF em Brasília apontam que o advogado age como lobista de um esquema milionário com ramificação em nove Estados. Tortorelli seria o representante em Mato Grosso do esquema suspeito de ter movimentado mais de R$ 300 milhões de contas de empresas de fachadas.
Operação Miquéias
O objetivo da operação é desarticular duas organizações criminosas com atuações distintas: uma envolvida em lavagem de dinheiro e a outra acusada de má gestão de recursos de entidades previdenciárias públicas.
Ao todo a PF cumpre 27 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão. Além de Mato Grosso também são alvos os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Amazonas, Rondônia e o Distrito Federal.
Fonte: Olhar Direto
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