O tucano Guilherme Maluf e a petista Serys Marly vivem dramas similares em seus partidos. O único do PSDB a garantir vaga na Assembleia, com sua reeleição para o segundo mandato, teve as asas cortadas pelo ex-prefeito e candidato derrotado a governador Wilson Santos que, mesmo alegando que está fora da militância, se articulou, excluiu Maluf e fez acordo para Nilson Leitão assumir a presidência estadual. Após a derrotada para deputada federal, a ex-senadora está agora em apuros. A corrente majoritária, capitaneada pelo trio Carlos Abicalil, Alexandre Cesar e Ságuas Moraes, quer a sua expulsão por infidelidade.
Sem respaldo interno da maioria, Maluf vê se transformar em pesadelo o sonho de vir a concorrer à Prefeitura de Cuiabá no próximo ano. Ele teme deixar a agremiação tucana e vir a ter o mandato parlamentar cassado com base na lei pró-fidelidade definida pelo TSE desde março de 2007. Maluf não tem grupo político e, de quebra, ainda está num partido que era o maior do Estado até 2002, quando Dante de Oliveira deixou a cadeira de governador, e minguou tanto que entrou na lista de nanicos. Só possui três dos 141 prefeitos e um dos 24 deputados estaduais. Perdeu três vezes seguidas a disputa ao Palácio Paiaguás e para o Senado.
Wilson entrou nas articulações de bastidores e, com respaldo da ex-deputada Thelma de Oliveira, hoje na presidência da sigla, definiu que o ex-prefeito de Sinop e suplente de federal Nilson Leitão deve assumir o comando regional, com a missão de reconstruir o PSDB. Restou a Maluf, se quiser, a direção de Cuiabá e, mesmo assim, com a condição de ter na Executiva o polêmico Luiz Soares. Diante disso, é provável que Maluf desista da pré-candidatura à sucessão municpal. Ele é médico, dono de hospital e de construtora e foi secretário de Saúde por um ano no governo Wilson.
Serys não possui maioria na Executiva e corre risco de ser expulsa, assim como seus principais aliados. São acusados de terem boicotado a candidatura do ex-deputado Carlos Abicalil, derrotado ao Senado. O deputado federal Ságuas, substituto de Abicalil na direção regional, aproveita o fato da ex-senadora estar sem mandato para dar celeridade ao processo de expulsão.
Golpes
Esses confrontos internos são como feridas abertas e que não devem ser cicatrizadas tão cedo. Enquanto isso, os dirigentes vão ditando as regras no cenário político. Ao invés de permitirem voz da minoria e contraponto nas discussões democráticas para engrandecimento partidário, preferem sufocar companheiros das próprias legendas, tirando-os do
caminho, na base do golpe político.
fonte Rdnews
caminho, na base do golpe político.
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