Preso, Anastásio diz que ex-prefeito passou mão nas nádegas da esposa e a chamou de gostosa
Romilson Dourado
O ex-secretário estadual de Infraestrutura Vilceu Marchetti foi executado a tiros nesta segunda à noite pelo caseiro de sua fazenda Anastácio Marafon. Foi motivado por questões passionais. A polícia já o prendeu em flagrante. Anastácio está sendo interrogado na delegacia de Santo Antônio de Leverger nesta manhã. Ele confessou o crime. O Rdnews apurou que o assassino alegou que Vilceu passou a mão nas nádegas de sua esposa e a chamou de gostosa, na sede da fazenda. Relata que presenciou a cena. Revoltado, entrou no quarto onde estava o patrão e disparou três tiros. Dois atingiram a cabeça e um o peito de Vilceu, que morreu na hora. O crime aconteceu na fazenda Marazul, município de Leverger. Vilceu possuía duas propriedades rurais na região.
O corpo será levado para Primavera do Leste, onde Vilceu foi vereador e prefeito nos anos 1990. Vai ser velado no saguão da Prefeitura. O prefeito Érico Piana decretou luto oficial de três dias. Até às 8 horas, conforme Rubens Okada, diretor da Politec, o relatório sobre a morte de Vilceu não estava pronto. "A gente está fazendo isso agora e vai encaminhar o documento para comunicação da secretaria de Segurança Pública para a imprensa ter acesso".
Com a prisão em flagrante de Anastácio e os esclarecimentos do crime, a polícia descarta qualquer outra hipótese, inclusive a de que teria havido queima de arquivo. Vilceu se envolveu em escândalos na época em que respondeu como secretário de Estado de Infraestrutura no segundo mandato do Governo Blairo Maggi. Se tornou réu na ação que apura superfaturamento de R$ 44 milhões na compra de maquinário que foi doado pelo Estado às prefeituras.
Além disso, investigações da Operação Ararath indicam que Vilceu atuava como espécie de braço de Eder Moraes, ex-secretário que está preso, em suposta fraude que movimentou pelo menos R$ 32,7 milhões. O esquema envolveu empreiteiras que prestavam serviços ao Governo e contraíram empréstimos junto ao BicBanco - instituição financeira que ajudava nas operações fraudulentas de Júnior Mendonça e Eder – que posteriormente foram quitados com recursos do erário. Os valores obtidos com transações fraudulentas eram utilizados para alimentar o que os investigados chamavam de “sistema”, possivelmente se referindo ao núcleo político de Mato Grosso.
Fonte RDNWS
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