sábado, 14 de maio de 2011

Desembargador protege o Estado e mantém pacientes no chão do PSM

13/05/2011 - 20h22

Edilson Almeida
Redação 24 Horas News


O  desembargador José Tadeu Cury, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, indeferiu pedido de reconsideração interposto pelo Ministério Público Estadual e manteve decisão liminar desobrigando o Estado em arcar com as despesas pela transferência dos pacientes do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá para hospitais da rede privada como solicitou o Ministério Público Estadual. O desembargador considerou o pedido “precipitado e imponderado". Cury não se sensibilizou com os apelos da Promotoria de Justiça - que tratou a questão como "honra do Judiciário" -  e tampouco com a situação já mostrada, inclusive, em cadeia de rede nacional de televisão.

Tadeu Cury entendeu que em 48 horas o Estado de Mato Grosso, mesmo que de forma coercitiva, não conseguiria de forma eficaz, remanejar os respectivos pacientes para os hospitais particulares. Sem se levantar do seu gabinete, o desembargador ponderou ainda "não se pode obrigar o Estado a pagar leitos particulares para pacientes do Sistema único de Saúde”. 

 
Hoje, mais de 140 pacientes internados no Pronto Socorro de Cuiabá estão sendo atendidos em colchonetes e macas colocadas no chão dos corredores. O quadro é considerado pelo Ministério Público e pela Defensoria como "verdadeira tragédia humanitária, similar à existente em qualquer campo de refugiados de países em guerra”, segundo o promotor Alexandre Guedes, de Defesa da Cidadania de Cuiabá.


No pedido de reconsideração feito ao desembargador, o representante do MPE destaca que, diante da situação atual, eventual demora no julgamento do recurso judicial implica na morte e lesão irreversível dos pacientes que estão internados no PSMC.
“A justiça pode ser cega mas não pode ser surda aos gritos e lamentos dos seres humanos que sofrem” - disse Guedes.


Defensores públicos estiveram durante a madrugada na unidade de saúde e ficaram horrorizados. Disseram que o lugar se transformou em um “amontoado de pessoas, como se fosse lixo humano” e prometeram levar o caso para a Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos 

(OEA).
 FONE 24 HORAS NEWS.

Um comentário:

  1. Que vergonha! Que falta de humanidade. Que desrespeito a vida e aos direitos humanos.
    Este desembargador está a serviço de quem?
    Não precisa nem responder!
    Onde está o Governador ?
    Cadê as propostas de dignidade e respeito ao povo?
    Mais uma vez ficou só no papel.
    Olha que eu apoiei este governo.
    Quanto arrependimento.

    PARABÉNS AO MPE E DEFENSORIA QUE ESTÃO FAZENDO O SEU PAPEL.

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