quinta-feira, 5 de maio de 2011

PROJETO LÁ EM CASA QUEM MANDA É O RESPEITO


PARABÉNS AO MINISTÉRIO PÚBLICO PELA INICIATIVA!
NÃO SOU MUITO ADEPTA Á DISTRIBUIÇÃO DE CARTILHAS, MAS O PROJETO É MUITO MAIS ABRANGENTE QUE ISSO, VISANDO A REABILITAÇÃO DO AGRESSOR, CONFORME DETERMINA A LEI!

O projeto visa a aproximação do Ministério Público com os cidadãos acusados da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher em centros de ressocialização, presídios e cadeias, mediante informações acerca da discriminação de gênero e suas seqüelas, com o objetivo de informar, ouvir e evitar a reincidência específica em tais tipos delituosos. Também visa prevenir a prática de tais crimes, com palestras preventivas junto à comunidade de Cuiabá, em locais pré definidos a serem agendados.
Um estudo será feito pela equipe multidisciplinar (psicólogos e assistentes sociais) dos homens atendidos - com nome, qualificação, tipos de crimes, tempo de prisão e outros - a cada seis meses, após a liberação dos mesmos, para verificar se houve reincidência específica em crimes de violência contra a mulher e quais as razões alegadas pelo suposto agressor.

O trabalho será educativo e preventivo, com previsão de espaço de fala para os homens, que diante da mudança do papel e comportamento da mulher na sociedade, muitas vezes não encontra mais o seu espaço, com a ausência da figura do “provedor” e, acuados, agridem as companheiras,  e também em muitos casos por se sentirem “possuidores” das mesmas, não se conformam com a separação e podem até vir a matá-las, dizendo reiteradamente que “se não podem ser deles, não serão de mais ninguém”, o que acarreta grande tragédia para toda família e para a sociedade.

As medidas serão as anotações pelos servidores do nome e qualificação dos detentos; crimes em tese cometidos; tempo de prisão; informações  (na visão deles) de quais as razões que o levaram a prisão , se está arrependido e qual seria sua reação ao reencontrar com a suposta vítima após deixar a prisão. “Rodas de conversa” sem hierarquia serão mediadas por psicólogas e assistentes sociais, que significarão um espaço de fala masculino diante de sua realidade e espectativas.
O projeto possui a finalidade precípua de combater a reincidência específica nos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Fonte: Blog da defensora Tania

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