segunda-feira, 14 de abril de 2014

Agressão pode complicar situação de João Emanuel na Câmara e na Justiça

Fotos: Davi Valle/Rdnews
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Vereador João Emanuel pode ter situação complicada após agressão à ativista Ivonete Jacob (foto)
A agressão à ativista Ivonete Jacob, pelo segurança do vereador João Emanuel, pode complicar ainda mais a situação do parlamentar na Justiça e na própria Câmara. O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) protocolou uma nova representação contra o social-democrata, na última sexta (11), que pode culminar em um segundo procedimento disciplinar contra o parlamentar.
Isso significa que mesmo que ele escape da cassação, nesta terça (15), João Emanuel deve enfrentar nova atuação administrativa. Só não será instaurado um novo processo investigatório se houver cassação. “Isso porque se o mandato do vereador for cassado, a nova representação do MCCE perde o objeto”, explica o presidente da CCJ, Faissal Calil (PSB). Conforme o socialista, o requerimento sobre a agressão não pode ser anexado ao atual processo disciplinar. Apesar disso, o caso pode influenciar no voto dos vereadores.
Apesar da agressão física não ter partido de Emanuel, mas de seu segurança, este novo escândalo piora a situação do social-democrata. O MCCE alega que o parlamentar pode ser enquadrado como cúmplice da agressão, a partir do momento em que negou o ocorrido e não tomou nenhuma medida de repreensão ao funcionário. “O fato dele se omitir diante da falha do funcionário significaria que está consentindo com a situação”, aponta o coordenador do Movimento, Antonio Cavalcanti, o Ceará.
Além da representação, o MCCE solicitou cópia das imagens do sistema interno de segurança da Câmara para desmentir Emanuel e comprovar que houve realmente a agressão física. Estas imagens também serão encaminhadas ao Gaeco e podem embasar um novo pedido de prisão para o vereador. Ceará lembra que João Emanuel só está solto diante do compromisso de não intimidar nem coagir testemunhas. “O parlamentar não cumpre esta condição. Não só o vereador está coagindo as pessoas com esta postura, mas também a família dele. A mãe dele tentou abafar o caso e impedir que a vítima falasse do ocorrido. Ela apertou forte o meu braço na tentativa de nos intimidar”, afirma.
O coordenador defende que esta denúncia tem que ser levada adiante, porque a partir desta violência física a sociedade passou a ter mais apreensão de ir à Câmara, intitulada como Casa do Povo, para acompanhar os trabalhos legislativos e exigir dos vereadores explicações e prestações de contas. “Corrupção e denúncia de improbidade sempre existiu na Câmara desde a gestão do Luiz Marinho (PTB), Chica Nunes (PSDB) e Lutero Ponce (PMDB). Mas a situação piorou. Nunca antes na história algum vereador tinha chegado a esse ponto”. Para enquadrar João Emanuel na denúncia de agressão, além da representação do MCCE, a ativista também fez exame de corpo de delito no IML, laudo que atesta os hematomas, bem como registrou Boletim de Ocorrência no Cisc Planalto. 
FONTE RDNWS

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