Por diario de cuiaba em 20 de Abril de 2014 ás 08:49
Depois de um intervalo de uma safra, Mato Grosso, maior produtor nacional de grãos e fibras, pode novamente ser também o estado com a maior renda agrícola deste ciclo. As estimativas apontam para uma receita de R$ 44,73 bilhões, que se confirmada, representa um acréscimo de 6,22% sobre o faturamento do ano anterior, em R$ 42,11 bilhões e imprime um número histórico para o Estado, já que essa é a maior receita agrícola apurada para a safra mato-grossense.
Comprando o desempenho local, que revela expansão anual de 6,22%, com a estimativa nacional, em 3,18% - de R$ 284,38 milhões para R$ 293,43 milhões – Mato Grosso crescerá quase duas vezes mais que o país em 2014. O desempenho está alicerçado na soja e no algodão.
Para São Paulo, atual detentor do título de maior receita agrícola do Brasil, a negociação gerada no campo deve somar R$ 43,66 bilhões, inferior aos R$ 45,21 bilhões gerados no ano passado. A renda do campo, também chamada de Valor Bruto da Produção (VBP) é o resultado de tudo que é produzido da porteira para dentro, ou seja, multiplica-se o volume produzido pelo preço de mercado de cada produto. Os novos dados mensais foram divulgados ontem, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que a cada mês afere a relação produção x cotação.
A evolução do VBP estadual é motivada pelo ganho observado na soja e no algodão, culturas que são carros-chefes do agronegócio local, e para esta safra exibem projeções de renda superiores ao ano passado, 10,35% e 25,60%, respectivamente. Além de preços mais elevados no mercado, as duas commodities também registram avanço na área plantada de uma safra para a outra. O Mapa avalia o desempenho das 20 principais culturas plantadas nos estados.
Em Mato Grosso, o VBP é formado em quase 100% pelas receitas da soja, do algodão, do milho segunda safra, da cana-de-açúcar e do arroz. Das cinco principais, apenas soja, algodão e o arroz têm estimativas positivas em relação ao ano passado. Milho que foi a vedete do VBP 2013 e que naquele ano ultrapassava pela primeira vez a receita do algodão, volta a ceder a posição à fibra e deve fechar o ano com faturamento 13,38 menor ao sair de um recorde de R$ 9,34 bilhões para R$ 8,09 bilhões. Apesar da queda, com exceção do ano passado, a renda projetada acima de R$ 8 bilhões está bastante superior à série histórica do cereal, em Mato Grosso.
A cana-de-açúcar perde 9,92% da sua renda na comparação anual, ao sair de R$ 1,31 bilhão para R$ 1,18 bilhão. O algodão passa de R$ 7,85 bilhões para R$ 9,86 bilhões (+25,60%), a soja de R$ 22,21 bilhões para R$ 24,51 bilhões (+10,35%) e o arroz de R$ 342,34 milhões para R$ 356,96 milhões, alta de 4,09%.
Agropecuária– O VBP também é constituído pela produção pecuária, que ao juntar as duas receitas – agrícola e pecuária – dá o titulo de maior renda para São Paulo, já que o Estado soma projeções de R$ 57,38 bilhões para este ano e Mato Grosso com R$ 56,18 bilhões, cifras que superam em 3,63% o VBP de R$ 54,21 bilhões do ano passado. A cifra projetada pelo Mapa, para o Estado, se confirmada, será a maior da série local, mesmo com projeção anual negativa à pecuária que deve encolher de R$ 12,10 bilhões para R$ 11,45 bilhões.
Dentro do VBP pecuário, o carro-chefe local é a bovinocultura, atividade em que o Estado também é campeão. Conforme o Mapa, a receita será negativa ao passar de R$ 8,83 bilhões para R$ 8,56 bilhões. Também têm projeções de VBP negativo a produção de suínos – de R$ 568,88 milhões para R$ 479,64 milhões e a avicultura – que segundo o Mapa deve encolher de R$ 2,09 bilhões para R$ 1,77 bilhão. Apenas a produção de leite exibe cenário positivo de geração de renda, o faturamento deve passar de R$ 603,48 milhões para R$ 635,31 milhões.
Fonte Leia Lucas
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