Gabriela Galvão
Mauro, por sua vez, reforçou que as pastas em seu governo serão comandadas por pessoas com perfil técnico, cujos nomes serão anunciados em 20 de dezembro, sendo que alguns podem não ser novidade. Acontece que o socialista admite a possibilidade de manter secretários da atual administração.
Cargos a parte, nesta tarde o socialista foi comunicado que assumirá a prefeitura com uma previsão orçamentária de R$ 1,3 bilhão, que pode chegar a R$ 1,5 bilhão, e que não "herdará" nenhuma dívida proveniente do mandato do petebista. “Ele vai pegar o Alencastro com condições de trabalho e será o melhor prefeito de Cuiabá”, disse Galindo entusiasmado.
O gestor afirmou, no entanto, que não pretende deixar nenhum centavo em caixa e que isto significará que a cidade avançou muito em infraestrutura. “É normal ficar pouco recurso, pois o orçamento e a receita de janeiro são suficientes, inclusive para os restos a pagar, que já estão inclusos na LOA 2013”.
Galindo também aproveitou o momento para lembrar do desgaste que sofreu devido a correção da planta genérica do município, que refletiu diretamente no valor do IPTU. Segundo ele, caso não tomasse esta providência, o Alencastro não teria receita nem mesmo para folha de pagamento.
Já o novo prefeito pontuou que sua principal ação para aumentar a receita será a eficácia tributária. Ele prometeu que não reajustará o IPTU, mas trabalhará para ampliar a base de arrecadação, reduzindo o alto índice de inadimplência. “Ninguém gosta de pagar impostos, mas é necessário para fazer investimentos. É igual em condomínio, todo mundo tem que pagar para que o prédio funcione bem”. Mauro ressaltou ainda que centralizará uma área exclusivamente para projetos, a fim de garantir recursos do Governo Federal.
O socialista reforçou ainda que utilizará, durante 2 anos, o montante da outorga da CAB Ambiental, que assumiu os serviços de água e esgoto de Cuiabá por meio de concessão, para construir o novo Pronto-Socorro. O novo prefeito também revelou que sua primeira ação para a área da Saúde será garantir a presença dos médicos nas unidades básicas, embora ainda não saiba como colocará a proposta em prática.
Quanto à divida da prefeitura, Galindo destacou que o débito de seu período é mínimo, cerca de R$ 15 milhões e que serão quitados. Do passado, contudo, atinge R$ 600 milhões, sendo que apenas neste ano precisou desembolsar R$ 60 milhões para pagamento de juros. “Agora que o Governo Federal começou a autorizar a renegociação e quando isso acontecer deixaremos de gastar R$ 30 milhões por ano em encargos”.
Vice de Wilson Santos (PSDB) nas eleições de 2008, o petebista assumiu o Alencastro em 2010, quando o tucano deixou o cargo para disputar, sem sucesso, o Governo. Ele foi derrotado por Silval Barbosa (PMDB), reeleito. Mauro, por sua vez, foi eleito neste domingo (28) no segundo turno das eleições, com 169 mil votos.
Fonte RDNEWS
Nenhum comentário:
Postar um comentário