LUCAS VETTORAZZO
DO RIO
O réveillon da praia de Copacabana mais uma vez levou uma multidão para a
praia da zona sul do Rio de Janeiro. Mesmo após quatro anos
consecutivos de chuva, cariocas, turistas brasileiros e estrangeiros
visitaram à cidade para assistir aos 16 minutos da tradicional queima de
fogos.
DO RIO
Eram esperadas 2,3 milhões de pessoas na festa. Não há por enquanto números oficiais de público, delitos ou atendimentos médicos.
Disparados de 11 balsas, cada uma equipada com 2.300 bombas, os fogos emocionaram o público. As 24 toneladas de fogos começaram a estourar no céu ao som de música orquestrada. Em seguida, a música Aquarela do Brasil, de João Gilberto, embalou a queima de fogos.
O réveillon de Copacabana ocorreu com céu limpo em uma noite de muito calor.
Pilar Olivares/Reuters | ||
Fogos de artifício sobre a praia de Copacabana no Rio de Janeiro no Réveillon 2013 |
A Prefeitura montou um novo esquema de trânsito para facilitar a circulação de pedestres no bairro. Carros particulares, táxis e ônibus, ficaram proibidos de circular nas ruas do bairro a partir das 22h do dia 31 (segunda-feira) até 4h do dia 1º (terça-feira).
Até 23h ainda havia carros, ainda que em número reduzido, circulando pelas ruas. Foram organizados quatro pontos de ônibus e táxis em bairros que dão acesso à Copacabana -- Botafogo, Lagoa, Ipanema -- e as pessoas tiveram que caminhar cerca de um quilômetro dos pontos de desembarque até a Avenida Atlântica.
A mudança permitiu que Avenida Nossa Senhora de Copacabana e a Rua Barata Ribeiro, paralelas à Avenida Atlântica e que cortam todo o bairro, funcionassem como duas vias de alivio ao movimento da praia.
O policial mineiro Luiz Antônio de Freitas Filho, 48, trouxe a família de Muriaé (MG) para passar réveillon pela primeira vez no Rio. Ele e mais 8 parentes, incluindo esposa, irmãos e sobrinhos, se hospedaram na casa de amigos no Méier, bairro da zona norte da cidade, a 32 quilômetros da festa.
A família, que se dividiu em três táxis, chegou pelo acesso da Avenida Princesa Isabel cerca de 23h30. Eles tiveram que passara por um dos dois túneis da avenida para chegar a orla. As pessoas vinham pelos túneis cantando e assoviando.
"Nós tivemos que caminhar um pouco, mas a emoção de assistir aos fogos pela primeira vez vale o esforço", disse ele. Ao final da entrevista, Freitas pediu o telefone da reportagem para encontrar um dos parentes que tinham se perdido no caminho. "É que meu telefone não está pegando aqui", explicou ele, que, após a ajuda localizou o parente.
GELO
Se por um lado o sistema de trânsito foi bom para os pedestres, ele trouxe dor de cabeça para os vendedores ambulantes de bebida. Por conta da impossibilidade de os caminhões de gelo entrarem no bairro, quase todos ficaram seu o produto essencial para gelar as bebidas. Menos de uma hora antes dos fogos, era difícil comprar água e cerveja geladas.
Diante da procura alta, o saco de gelo inflacionou no bairro. O produto que em geral custa R$ 16 o saco de 10 quilos, era vendido por até R$ 60. "Ficou impossível reabastecer com gelo. Estão cobrando muito caro no saco e não está valendo a pena", disse o vendedor Manuel Santos, 37.
TURISTAS
A Prefeitura estima que 753 mil turistas passaram a virada em Copacabana. A americana Michele Fisher, 23, foi á praia com um grupo de seis amigos que fez no albergue em que está hospedada. Ela disse ter ficado impressionada com os fogos e também com a multidão.
"Eu não imaginava que era tanta gente e tão emocionante. Estou feliz de ter conhecido a cidade nessa época tão especial", disse ela, que acrescentou, porém, que a comunicação em inglês com os agentes públicos era muito difícil. "Por sorte o pessoal do albergue nos ensinou direito e a população que fala minha língua foi muito solicita", afirmou.
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO
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