Foto: Jardel Arruda / Olhar Direto
Da Redação - Lucas Bólico
A colunista social Karina Nogueira, considerada peça-chave da Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal no combate à lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro em Mato Grosso, é apresentada ao País na coluna Panorama, da revista Veja, na edição que circula nesta semana em todo território nacional.
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Em uma entrevista pingue-pongue, a ex-mulher de Júnior Mendonça conta os motivos que a levaram a denunciar o empresário após o término do relacionamento e dá detalhes da vida luxuosa que teve ao lado do homem investigado pela suspeita de operar um banco clandestino em Mato Grosso, cujos “clientes” incluíam senadores e deputados.
A matéria intitulada de “O pesadelo dos ex-maridos” revela que Karina contou o que sabia à polícia após a separação, ocorrida em 2006. Na entrevista, Nogueira fala da ascensão social de Mendonça durante o período em que estiveram juntos. “Ele não era rico. Tinha duas lojas de vendas de pneus”, lembra ela sobre início do relacionamento. Com o passar do tempo, Mendonça garantiu uma vida luxuosa para colunista social. “Cheguei a fazer uma compra na Daslu de 100 000 reais. Contas de restaurante não saiam por menos de 3 000 reais”, revela.
Confira abaixo trechos da entrevista divulgada por Veja:
Ex-mulher é para sempre?
Não, já tive outros ex. depois que me separei do Gérsio Mendonça Júnior, namorei um juiz, tive um casamento de um ano e namorei outro rapaz, que se suicidou.
Houve o desejo de vingar uma traição?
Jamais. Minha desconfiança em relação ao Júnior começou quando tentei engravidar por dois anos, sem que ele me contasse que era vasectomizado. Quando descobri, fui saber o que mais ele me escondia.
Que luxos você tinha com ele?
Viajávamos a cada dez dias. Cheguei a fazer uma compra na Daslu de 100 000 reais. Contas de restaurante não saiam por menos de 3 000 reais.
Por que o denunciou só depois de separada?
Ouvia ligações em que ele pedia ou repassava 500 000 reais. Quis entender e ele disse para não me meter e me ameaçou de morte. Eu o denunciei quando consegui juntar provas.
Como se “lavam” 500 milhões de reais, segundo a PF acredita que seu ex fez?
Com agiotagem. Eu te dou 500 milhões a 1,5% de juros ao mês e você repassa aos seus clientes a 10% ao mês, mas me devolve a 1,5%. Ele também abriu empresas hoje acusadas de ser bancos clandestinos. Senadores e deputados estão envolvidos.
Como a sociedade de Cuiabá está reagindo?
Eu era colunista social de um jornal, ao qual o Júnior repassava valores todo mês, e fui demitida. Hoje trabalho com mídias sociais. Não perdi contatos. As pessoas sabem que eu sou decente.
Esposas que desfrutam as vantagens de um marido corrupto também são eticamente condenáveis?
Júnior escondia tudo de mim. Nem tem telefone fixo havia em casa. As transações ilícitas dele com os capangas eram só via celular.
A operação
A Operação Ararath já foi deflagrada em cinco fases diferentes, com centenas de mandados de busca e apreensão cumpridos desde o segundo semestre do ano passado até maio deste ano. O empresário Júnior Mendonça resolveu colaborar com as investigações em troca dos benefícios da delação premiada.
Os depoimentos de Mendonça e os documentos apreendidos até a quarta fase da operação basearam a quinta etapa, que prendeu o ex-secretário de Fazenda e Casa Civil do estado, Eder Moraes; o presidente afastado da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD) e o superintendente regional do Bic Banco em Mato Grosso, Luiz Carlos Cuzziol. Todos já estão em liberdade. Além das prisões, a Ararath 5 realizou busca e apreensão na casa do governador Silval Barbosa (PMDB). No Tribunal de Contas de Mato Grosso e na casa e gabinete do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB).
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Em uma entrevista pingue-pongue, a ex-mulher de Júnior Mendonça conta os motivos que a levaram a denunciar o empresário após o término do relacionamento e dá detalhes da vida luxuosa que teve ao lado do homem investigado pela suspeita de operar um banco clandestino em Mato Grosso, cujos “clientes” incluíam senadores e deputados.
A matéria intitulada de “O pesadelo dos ex-maridos” revela que Karina contou o que sabia à polícia após a separação, ocorrida em 2006. Na entrevista, Nogueira fala da ascensão social de Mendonça durante o período em que estiveram juntos. “Ele não era rico. Tinha duas lojas de vendas de pneus”, lembra ela sobre início do relacionamento. Com o passar do tempo, Mendonça garantiu uma vida luxuosa para colunista social. “Cheguei a fazer uma compra na Daslu de 100 000 reais. Contas de restaurante não saiam por menos de 3 000 reais”, revela.
Confira abaixo trechos da entrevista divulgada por Veja:
Ex-mulher é para sempre?
Não, já tive outros ex. depois que me separei do Gérsio Mendonça Júnior, namorei um juiz, tive um casamento de um ano e namorei outro rapaz, que se suicidou.
Houve o desejo de vingar uma traição?
Jamais. Minha desconfiança em relação ao Júnior começou quando tentei engravidar por dois anos, sem que ele me contasse que era vasectomizado. Quando descobri, fui saber o que mais ele me escondia.
Que luxos você tinha com ele?
Viajávamos a cada dez dias. Cheguei a fazer uma compra na Daslu de 100 000 reais. Contas de restaurante não saiam por menos de 3 000 reais.
Por que o denunciou só depois de separada?
Ouvia ligações em que ele pedia ou repassava 500 000 reais. Quis entender e ele disse para não me meter e me ameaçou de morte. Eu o denunciei quando consegui juntar provas.
Como se “lavam” 500 milhões de reais, segundo a PF acredita que seu ex fez?
Com agiotagem. Eu te dou 500 milhões a 1,5% de juros ao mês e você repassa aos seus clientes a 10% ao mês, mas me devolve a 1,5%. Ele também abriu empresas hoje acusadas de ser bancos clandestinos. Senadores e deputados estão envolvidos.
Como a sociedade de Cuiabá está reagindo?
Eu era colunista social de um jornal, ao qual o Júnior repassava valores todo mês, e fui demitida. Hoje trabalho com mídias sociais. Não perdi contatos. As pessoas sabem que eu sou decente.
Esposas que desfrutam as vantagens de um marido corrupto também são eticamente condenáveis?
Júnior escondia tudo de mim. Nem tem telefone fixo havia em casa. As transações ilícitas dele com os capangas eram só via celular.
A operação
A Operação Ararath já foi deflagrada em cinco fases diferentes, com centenas de mandados de busca e apreensão cumpridos desde o segundo semestre do ano passado até maio deste ano. O empresário Júnior Mendonça resolveu colaborar com as investigações em troca dos benefícios da delação premiada.
Os depoimentos de Mendonça e os documentos apreendidos até a quarta fase da operação basearam a quinta etapa, que prendeu o ex-secretário de Fazenda e Casa Civil do estado, Eder Moraes; o presidente afastado da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD) e o superintendente regional do Bic Banco em Mato Grosso, Luiz Carlos Cuzziol. Todos já estão em liberdade. Além das prisões, a Ararath 5 realizou busca e apreensão na casa do governador Silval Barbosa (PMDB). No Tribunal de Contas de Mato Grosso e na casa e gabinete do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB).
Fonte; Olhar Direto
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