Dezembro
2009
Lucas do Rio Verde: Vereador do PSB usa tribuna para promover agressão verbal contra cidadãos
Uma cena que está virando rotina nas câmaras municipais de algumas cidades no norte do Estado, é políticos agredirem verbalmente cidadãos comuns por causa de cobranças por uma postura independente em relação ao executivo municipal.
Ha exemplo do que acorreu em Sinop, quando os vereadores Gilson de Oliveira (PP) e Jonas de Lima (PMDB), usando a tribuna da Câmara Municipal atacaram o Nortão Notícias e um repórter do site, uma servidora da rede municipal de ensino da Prefeitura de Lucas de Rio Verde também acabou sendo vítima desta arbitrariedade praticada por “legisladores” que utilizam a tal “famigerada” imunidade parlamentar para agredir e constranger as pessoas, em detrimento de questões vai contra a vontade popular.
Em Lucas do Rio Verde, o fato ocorreu na sessão de ontem (21), e teve como “personagem central” o vereador de primeiro mandato Eliseu Sávio Diniz (PSB), que não gostou da presença de dezenas de moradores que lotaram o plenário da Câmara de Vereadores para protestarem contra o projeto de lei n° 85/2009 que altera a lei 1.515 de fevereiro de 2008 que dispõe sobre a planta genérica da cidade e que possibilitará um aumento de até 300% no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de 2010.
Contrariados com a postura dos vereadores que deram parecer favorável ao projeto do prefeito Marino Franz (PR), os representantes de bairros foram à Câmara carregando faixas com a frase: “Não ao aumento do IPTU”.
A manifestação popular irritou o jovem vereador que ao fazer uso da tribuna, teceu duras críticas às pessoas que ele (Eliseu Diniz) considerava responsáveis diretos pelo protesto. Neste caso, a professora da rede municipal de ensino Maria Dalva de Oliveira e o senhor Gilson Gregório.
Alterado, Eliseu Diniz acabou promovendo um “espetáculo dantesco” ao agredir verbalmente cidadãos luverdenses que estavam no local apenas para defender seus direitos, enquanto moradores daquela cidade – defesa esta que deveria ser feita pelos vereadores em questão, mas que por conveniência política com o executivo municipal, acabam se esquecendo daqueles que o elegeram.
Em entrevista por telefone feita com exclusividade pelo Nortão Notícias, a servidora Maria Dalva disse que após os ataques covardes por parte do vereador do PSB, houve um princípio de confusão, “o que fez com que o presidente (Câmara) suspendesse temporariamente a sessão, que só foi reiniciada após a chegada dos soldados do Polícia Militar”.
Combativa e defensora das causas que envolvem o abuso do poder público, Maria Dalva tem sido alvo de ataques constantes por parte dos vereadores que dão sustentação política ao prefeito Marino Franz. Em julho passado, ela também sorfeu agressão verbal por parte dos vereadores Carlos Giroto (PPS) e Fernando Pael (PT), onde na época, inclusive, fez um Boletim de Ocorrência na Polícia por violência moral à sua pessoa.
"Eles não gostam de serem contrariados. Acham que a população não pode cobrar simplesmente aceitarem as suas decisões, que quase sempre são em benefício próprio", diz a servidora afirmando que não agüenta mais tanta discriminação: “O Eliseu (Sávio Diniz) disse na tribuna que os vereadores não toleram mais a presença dela (Maria Dalva) naquela Casa de Lei”.
A professora disse que, “como cidadã tenho o direito de manifestar-me, mas estou sendo discriminada pela minha condição de mulher e fazer parte da minoria que se manifesta contra os abusos cometidos pelo poder público contra a população de Lucas do Rio Verde”, disse completando: “Sou mão de família, professora e líder comunitária desde que cheguei aqui em Lucas (do Rio Verde) há 18 anos, por isso vou procurar o Conselho dos Direitos Humanos e denunciar, pois não agüento mais tanta discriminação por parte de alguns vereadores”.
fonte nortaonoticias.
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