quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Abicalil quer expulsão de 7 aliados de Serys; Cesar prepara documento


  Fernando Ordakowski

Grupo de Abicalil e Alexandre Cesar busca tirar assessores e aliados de Serys do PT e, depois, a própria senadora
  O grupo capitaneado pelo deputado federal Carlos Abicalil, presidente do PT-MT, e pelo suplente de estadual Alexandre Cesar está mesmo determinado a expulsar, num primeiro momento, sete aliados e assessores de Serys Marly e, depois, a própria senadora. Alexandre e Silbene Santana, assessora de Abicalil, estão responsáveis por formar um documento, com argumentação sobre a necessidade de apurar infidelidade partidária e outras práticas de filiados que contrariam o estatuto do PT, para apresentá-lo à comissão de Ética na primeira reunião da executiva regional pós-eleições. Esse encontro se dará até o final deste mês.
   As brigas internas trouxeram consequências desastrosas para o partido. Abicalil, Alexandre e Serys foram derrotados nas urnas. O primeiro tentou o Senado. Excluída do projeto à reeleição, Serys concorreu à Câmara Federal e também não obteve êxito. Alexandre, depois de atuar como deputado por mais de 3 anos no lugar de Ságuas Moraes, disputou de novo vaga na Assembleia e teve votação decepcionante.
   As divergências continuam mesmo após as eleições. Agora, o bloco de Abicalil quer expulsão dos serystas por entender que eles tumultuaram o processo, agindo com infidelidade, já que apoiaram outras candidaturas. A senadora levou seus aliados a pedir voto para Pedro Taques (PDT) e para Blairo Maggi (PR) em detrimento da candidatura ao Senado do próprio colega de legenda Carlos Abicalil. Na disputa ao Palácio Paiaguás, uns pediram votos pela reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB), que teve apoio formal do petismo, mas outros estiveram com Mauro Mendes (PSB). Somente dois petistas conquistaram cargo eletivo no Estado neste pleito de 2010: o deputado estadual Ademir Brunetto, que se reelegeu, e Ságuas Moraes, que assegurou, na sobra, uma cadeira na Câmara Federal.
    Estão marcados para ser acionados na comissão de Ética, com sério risco de expulsão, Vilson Neri, do diretório estadual; Jairo Rocha, que integra também a Executiva regional; Zelandes Santiago e Lázaro Donizete, ambos de Várzea Grande, o ex-vereador Juca Lemos, de Rondonópolis; Vilson Aguiar e Elisvaldo Almeida, o Bob, presidente e secretário-geral do PT da Capital. Por coincidência, todos são assessores de Serys no Senado.
    Por enquanto, a corrente Unidade na Luta, liderado por Abicalil, não vai acionar Serys porque, como senador, quem poderia investigá-la seria apenas a direção nacional. Vão ignorá-la enquanto estiver no cargo. A partir de fevereiro do próximo ano, a ordem é também pedir a sua expulsão. Com essa jogada, Abicalil enfraquece de vez o grupo de Serys, inclusive nos maiores municípios, como Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis. Dos 5 da comissão de Ética, 3 são ligados ao deputado federal.
    Fontes do PT revelam que Abicalil só não acionou a Nacional para tentar expulsar Serys porque, de um certo modo, perdeu força política por causa da derrota ao Senado. Outra dificuldade é porque ela ocupa cargo eletivo na esfera federal.
    O intrigrante nessa briga entre petistas é o fato de Alexandre, investigado por prática de caixa 2 na campanha a prefeito de Cuiabá em 2004 e por rombo milionário no caixa do partido, enquanto dirigente estadual, ser um dos responsáveis por elaborar documento que norteará o trabalho de investigação dos filiados rebeldes, que estão na iminência de serem expulsos.




fonte RDNWS

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