14/12/2010 - 22:24:00
A denúncia
formulada nesta terça, 14 de dezembro, pela juiza Wandinelma dos Santos, através do site Prosa e Politica, haverá de repercutir, certamente, durante a audiencia pública que acontece nesta quarta-feira,15 de dezembro, sob comando da ministra Eliana Calmon, corregedora geral do Conselho Nacional de Justiça. Pela primeira vez, temos uma magistrada, integrante dos quadros do TJ, a denunciar esquema de venda de sentença que seria articulada, dentro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, por um desembargador, o desembargador Tadeu Cury e sua esposa, a advogada Célia Cury, ela já denunciada, justamente por possivel envolvimento em venda de sentença, na Operação Asafe, conduzida pela ministra Nancy Andrighi, do STJ. Tanto Tadeu quanto Célia Cury são figurinhas carimbadas, nestes últimos meses, quando se trata de denúncias de irregularidades no Tribunal de Justiça. A julgar pelo que descreve a juiza Wandinelma dos Santos, novas e urgentes investigações sobre o casal se fazem necessárias. Também devem ser investigados o ex-corregedor do Tribunal, desembargador Mariano Travassos e o atual presidente, desembargador José Silvério que, tendo recebido a denuncia formal da juiza, não tomaram nenhuma providencia. Cabe também a OAB investigar o comportamento deGilson Amarili, também citado na denúncia da juiza como uma espécie de pombo correio do casal Cury. Confira o que publicou o Prosa e Politica
Silvério deixou de investigar denúncia de venda de sentença, revela juíza ao P&P
por Andréa Haddad
A juíza de Tangará da Serra, Wandinelma dos Santos, revela com exclusividade ao Prosa & Política que denunciou o envolvimento da advogada Célia Cury, esposa do desembargador aposentado compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e reintegrado por força de uma liminar, Tadeu Cury, ao presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), José Silvério. Porém, segundo ela, até hoje, seis meses depois, não foi chamada para prestar qualquer depoimento, como deveria ter acontecido.
Wandinelma diz ter relatado o fato a Silvério um dia antes do seminário “Novos Rumos Para o Poder Judiciário”, promovido pela OAB em 30 de maio deste ano. No outro dia após ter recebido a juíza, o presidente chorou ao dizer para uma grande plateia, com a voz embargada, que “em 30 anos de magistratura, nunca soube de um fato concreto, de alguém que denunciasse e comprovasse uma venda de sentença. A gente acaba sendo massacrado, ficando com vergonha de dizer na rua que é desembargador”. Caso a juíza tenha de fato feito a denúncia como afirma, Silvério cometeu, no mínimo, crime de prevaricação.
Na audiência agendada com Silvério no TJ-MT, Wandinelma diz ter feito a mesma denúncia já feita sete anos antes ao então corregedor-geral do órgão, Mariano Travassos, que não instaurou procedimento de investigação, conforme já registrado pelo Prosa & Política sem a identificação da magistrada, que agora resolveu falar publicamente sobre o assunto (leia abaixo).
Wandinelma relatou a Silvério que, em 2003, logo após assumir a comarca de Peixoto de Azevedo, foi procurada por um emissário da advogada Célia Cury, Gilson Amarili. Segundo ela, a advogada tinha interesse no processo de um cliente em tramitação na comarca. Ao perceber que se tratava de uma oferta de compra de sentença, Wandinelma levou o emissário em vários lugares da cidade a fim registrar sua passagem por lá e, caso fosse necessário, comprovar os fatos. Ela também conta que guardou o recibo do restaurante em que almoçou.
Ao final do dia, relata Wandinelma, o emissário indagou se a magistrada gostaria de ter um jato à disposição para viajar até Cuiabá nos fins de semana e ver seus filhos, já que morava numa cidade distante. Em troca, ela apenas teria que assinar a sentença que seria elaborada por Célia em favor do próprio cliente.
Com palavras não reproduzíveis, Wandinelma diz que mandou Gilson avisar a Dra Célia e o desembargador Tadeu Cury que os denunciaria. Como de fato diz ter feito ao então corregedor desembargador Mariano Travassos, que, segundo a juíza, jamais tomou providência. Sete anos depois, Silvério teria agido da mesma forma.
Outro Lado
Procurado pelo Prosa & Política, José Silvério negou ter recebido a denúncia da juíza Wandinelma. “Deve ser alguma confusão. Ela nunca me procurou para fazer qualquer relato de venda de sentença”, negou ele. Segundo Silvério, todas as acusações que recebeu foram encaminhadas ao CNJ. “Tudo que chegou até mim foi enviado para frente. Não deixei de informar nada”, assegura.
fonte: Blog do E
formulada nesta terça, 14 de dezembro, pela juiza Wandinelma dos Santos, através do site Prosa e Politica, haverá de repercutir, certamente, durante a audiencia pública que acontece nesta quarta-feira,15 de dezembro, sob comando da ministra Eliana Calmon, corregedora geral do Conselho Nacional de Justiça. Pela primeira vez, temos uma magistrada, integrante dos quadros do TJ, a denunciar esquema de venda de sentença que seria articulada, dentro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, por um desembargador, o desembargador Tadeu Cury e sua esposa, a advogada Célia Cury, ela já denunciada, justamente por possivel envolvimento em venda de sentença, na Operação Asafe, conduzida pela ministra Nancy Andrighi, do STJ. Tanto Tadeu quanto Célia Cury são figurinhas carimbadas, nestes últimos meses, quando se trata de denúncias de irregularidades no Tribunal de Justiça. A julgar pelo que descreve a juiza Wandinelma dos Santos, novas e urgentes investigações sobre o casal se fazem necessárias. Também devem ser investigados o ex-corregedor do Tribunal, desembargador Mariano Travassos e o atual presidente, desembargador José Silvério que, tendo recebido a denuncia formal da juiza, não tomaram nenhuma providencia. Cabe também a OAB investigar o comportamento deGilson Amarili, também citado na denúncia da juiza como uma espécie de pombo correio do casal Cury. Confira o que publicou o Prosa e Politica
Silvério deixou de investigar denúncia de venda de sentença, revela juíza ao P&P
por Andréa Haddad
A juíza de Tangará da Serra, Wandinelma dos Santos, revela com exclusividade ao Prosa & Política que denunciou o envolvimento da advogada Célia Cury, esposa do desembargador aposentado compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e reintegrado por força de uma liminar, Tadeu Cury, ao presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), José Silvério. Porém, segundo ela, até hoje, seis meses depois, não foi chamada para prestar qualquer depoimento, como deveria ter acontecido.
Wandinelma diz ter relatado o fato a Silvério um dia antes do seminário “Novos Rumos Para o Poder Judiciário”, promovido pela OAB em 30 de maio deste ano. No outro dia após ter recebido a juíza, o presidente chorou ao dizer para uma grande plateia, com a voz embargada, que “em 30 anos de magistratura, nunca soube de um fato concreto, de alguém que denunciasse e comprovasse uma venda de sentença. A gente acaba sendo massacrado, ficando com vergonha de dizer na rua que é desembargador”. Caso a juíza tenha de fato feito a denúncia como afirma, Silvério cometeu, no mínimo, crime de prevaricação.
Na audiência agendada com Silvério no TJ-MT, Wandinelma diz ter feito a mesma denúncia já feita sete anos antes ao então corregedor-geral do órgão, Mariano Travassos, que não instaurou procedimento de investigação, conforme já registrado pelo Prosa & Política sem a identificação da magistrada, que agora resolveu falar publicamente sobre o assunto (leia abaixo).
Wandinelma relatou a Silvério que, em 2003, logo após assumir a comarca de Peixoto de Azevedo, foi procurada por um emissário da advogada Célia Cury, Gilson Amarili. Segundo ela, a advogada tinha interesse no processo de um cliente em tramitação na comarca. Ao perceber que se tratava de uma oferta de compra de sentença, Wandinelma levou o emissário em vários lugares da cidade a fim registrar sua passagem por lá e, caso fosse necessário, comprovar os fatos. Ela também conta que guardou o recibo do restaurante em que almoçou.
Ao final do dia, relata Wandinelma, o emissário indagou se a magistrada gostaria de ter um jato à disposição para viajar até Cuiabá nos fins de semana e ver seus filhos, já que morava numa cidade distante. Em troca, ela apenas teria que assinar a sentença que seria elaborada por Célia em favor do próprio cliente.
Com palavras não reproduzíveis, Wandinelma diz que mandou Gilson avisar a Dra Célia e o desembargador Tadeu Cury que os denunciaria. Como de fato diz ter feito ao então corregedor desembargador Mariano Travassos, que, segundo a juíza, jamais tomou providência. Sete anos depois, Silvério teria agido da mesma forma.
Outro Lado
Procurado pelo Prosa & Política, José Silvério negou ter recebido a denúncia da juíza Wandinelma. “Deve ser alguma confusão. Ela nunca me procurou para fazer qualquer relato de venda de sentença”, negou ele. Segundo Silvério, todas as acusações que recebeu foram encaminhadas ao CNJ. “Tudo que chegou até mim foi enviado para frente. Não deixei de informar nada”, assegura.
fonte: Blog do E
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