Vereador é indiciado por suspeita de compra de votos para Baiano

 O vereador por Alto Araguaia, Faraó Mendes (PSC), responde a inquérito instaurado pela Polícia Civil para apurar suspeita de crime eleitoral. No último dia 3, durante as eleições gerais, ele foi preso em flagrante, acusado de compra de votos para o deputado estadual eleito Baiano Filho (PMDB). Foram encontrados santinhos do ex-secretário estadual de Esportes e aproximadamente R$ 10 mil em dinheiro.

   No dia da votação, Faraó foi surpreendido pela Polícia Militar enquanto estava na Vila Aeroporto. Havia centenas de santinhos de Baiano no interior de seu veículo e, de acordo com a polícia, o dinheiro estava separado em notas de R$ 20. O vereador se defendeu das acusações, mas, procurado pela reportagem do RDNews, não quis comentar o assunto.

   O presidente da Câmara de Alto Araguaia, Gustavo Melo (PP), disse que os vereadores já se reuniram para discutir as providências que poderão ser adotadas no âmbito do Legislativo municipal, mas decidiram aguardar a conclusão do inquérito para tomar qualquer medida em relação ao parlamentar acusado. Mesmo assim, Faraó pode até mesmo perder o mandato caso seja comprovado o crime eleitoral.

   Baiano afirma que não conhece Faraó. "Não me inteirei sobre o assunto, mas no dia da eleição eu fiquei sabendo que houve a prisão. Mesmo assim estou tranquilo porque nunca tive qualquer relação com este parlamentar. Quem deveria ouvi-lo é o delegado e isso já foi feito", afirma. Ainda segundo Baiano, o vereador foi apresentado a ele durante uma visita à Câmara de Alto Araguaia. "Para não dizer que nunca vi este parlamentar, uma vez eu fui à Câmara quando ainda era secretário de Estado e vi Faraó. Apenas cumprimentei e depois nunca mais o vi", garante o deputado eleito.

   No município a polícia também prendeu em flagrante um homem que tentava fazer cópias de 16 títulos elitorais. Na delegacia, ele teria confessado que estava comprando votos ao valor de R$ 30 para favorecer o candidato a deputado estadual Odanir Bortolini, o Nininho (PR). O caso também segue sob investigação.