Patrícia Sanches
A Justiça apura denúncia de que o republicano, eleito com 20.448 votos, teria comprado votos por meio da entrega de vales combustível no dia da eleição.
No último dia 7, Reginaldo Francisco Padilha, o Padilha, foi preso depois que uma testemunha denunciou que ele estaria distribuindo santinhos com vales combustível de Miltinho, que teve 557 votos ficando na suplência. Ao ser interrogado, preferiu manter o silêncio, sendo liberado no mesmo dia após pagamento de fiança no valor de R$ 6,2 mil.
Com ele, foram apreendidos 547 panfletos de Dilceu Rossato e de Miltinho, além de 19 adesivos; e 28 vales combustível. Após a detenção, delegado Thiago Garcia Damasceno passou a investigar o caso, colhendo depoimentos das pessoas citadas no B.O.
Ele declara que, já na delegacia, Reginaldo disse que “isso não iria ficar assim, pois Mauro Savi já estava sabendo”, numa referência ao deputado estadual, que era um dos principais cabos eleitorais de Dilceu. Nair confirma a versão.
Outro Lado
Em depoimento, Miltinho negou que Padilha tenha participado da campanha. Ele garante não ter conhecimento se Padilha pegou algum vale combustível de seu posto. Ponderou, no entanto, que vende sim por “vale, e que o vale é repassado, sempre que alguma pessoa compra e não abastece na hora”. Miltinho reconheceu ainda a autenticidade dos tickets combustível apreendidos com Padilha, mas assevera não ter conhecimento que o detido estava distribuindo o material.
Toda a documentação foi encaminhada para a Justiça no último dia 18. “Reginaldo foi flagrado por eleitores que indignados com a sua conduta inescrupulosa e despudorada, posto que panfletava e tentava aliciar eleitores a poucos metros das seções, o fotografaram e acionaram a polícia”, diz trecho do relatório do delegado.
Rossato, por sua vez, em entrevista aso RDNews alega não ter conhecimento a respeito da investigação. Ele pondera, entretanto, que sua campanha foi pautada pela legalidade. "Não tenho nada a dizer. Não fiz nada", afirmou o republicano. Rossato afirma ainda que , se for chamado, vai prestar todas as informações necessárias. "Por enquanto eu não estou preocupado com nada, só com a administração".
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