quinta-feira, 1 de novembro de 2012

MP denuncia Rossato e Miltinho por compra de votos, republicano nega



Patrícia Sanches

-- Prefeito eleito de Sorriso Dilceu Rossato (PR) é investigado por compra de votos
Prefeito eleito de Sorriso Dilceu Rossato (PR) é investigado por compra de votos
    O prefeito eleito por Sorriso Dilceu Rossato (PR) corre o risco de não ser diplomado ou ter o mandato cassado pela Justiça Eleitoral. No último dia 22, o promotor Carlos Roberto Zarour Cesar ofereceu denúncia por compra de votos contra ele, Reginaldo Francisco Padilha, José Milton Mendes, o Miltinho do Posto Dalas (PSD) e Ederson Dalmolin (PDT), vice de Rossato. O caso tramita na 43ª Zona Eleitoral sob Débora Roberta Pain Caldas.
  A Justiça apura denúncia de que o republicano, eleito com 20.448 votos, teria comprado votos por meio da entrega de vales combustível no dia da eleição.
   No último dia 7, Reginaldo Francisco Padilha, o Padilha, foi preso depois que uma testemunha denunciou que ele estaria distribuindo santinhos com vales combustível de Miltinho, que teve 557 votos ficando na suplência. Ao ser interrogado, preferiu manter o silêncio, sendo liberado no mesmo dia após pagamento de fiança no valor de R$ 6,2 mil.
  Com ele, foram apreendidos 547 panfletos de Dilceu Rossato e de Miltinho, além de 19 adesivos; e 28 vales combustível. Após a detenção, delegado Thiago Garcia Damasceno passou a investigar o caso, colhendo depoimentos das pessoas citadas no B.O.
-- Trecho da denúncia formulada pelo MP contra Dilceu Rossato, Padilha, Miltinho e Dalmolin por suposta compra de votos em Sorriso
Trecho da denúncia formulada pelo MP contra Dilceu Rossato, Padilha, Miltinho e Dalmolin por suposta compra de votos em Sorriso
  Dinéia de Souza Costa relatou que estava indo levar os filhos na casa da babá e que, ao passar na frente do colégio Mário Spnelli, foi abordada por Reginaldo, que fez sinal 22. Dinéia conta que ele perguntou se ela já tinha votado. Após dizer que estava indecisa, ele teria dito para que votasse em Dilceu e Miltinho, ganhando 10 litros de combustível. “Ele disse que se ela fosse buscar seu esposo e o veículo ele lhe daria 2 vales combustível”, diz trecho.
-- Caminhonete, em que estava Padilha, no dia da eleição
Caminhonete, em que estava Padilha, no dia da eleição
  O flagrante, por sua vez, foi feito por Maurício Pereira Gomes, fiscal da coligação encabeçada pelo prefeito Chicão Bedin (PMDB), que disputava a reeleição e acabou sendo derrotado. Ele conta que por volta de 11h foi acionado por uma mulher chamada Nair Nogueira Dias, tendo se dirigido até o local, onde filmou e fotografou pessoas sendo paradas e recebendo algo.
  Ele declara que, já na delegacia, Reginaldo disse que “isso não iria ficar assim, pois Mauro Savi já estava sabendo”, numa referência ao deputado estadual, que era um dos principais cabos eleitorais de Dilceu. Nair confirma a versão.
    Outro Lado
   Em depoimento, Miltinho negou que Padilha tenha participado da campanha. Ele garante não ter conhecimento se Padilha pegou algum vale combustível de seu posto. Ponderou, no entanto, que vende sim por “vale, e que o vale é repassado, sempre que alguma pessoa compra e não abastece na hora”. Miltinho reconheceu ainda a autenticidade dos tickets combustível apreendidos com Padilha, mas assevera não ter conhecimento que o detido estava distribuindo o material.
  Toda a documentação foi encaminhada para a Justiça no último dia 18. “Reginaldo foi flagrado por eleitores que indignados com a sua conduta inescrupulosa e despudorada, posto que panfletava e tentava aliciar eleitores a poucos metros das seções, o fotografaram e acionaram a polícia”, diz trecho do relatório do delegado.
  Rossato, por sua vez, em entrevista aso RDNews alega não ter conhecimento a respeito da investigação. Ele pondera, entretanto, que sua campanha foi pautada pela legalidade. "Não tenho nada a dizer. Não fiz nada", afirmou o republicano. Rossato afirma ainda que , se for chamado, vai prestar todas as informações necessárias. "Por enquanto eu não estou preocupado com nada, só com a administração".
-- Trecho do relatório feito pelo delegado Thiago Damasceno sobre a prisão do cabo eleitoral Padilha e denúncia por compra de votos
Trecho do relatório feito pelo delegado Thiago Damasceno sobre a prisão do cabo eleitoral Padilha e denúncia por compra de votos.
Fonte RDNEWS

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