sábado, 16 de fevereiro de 2013

Filiação de Serys no Semear pode reduzir ao meio petistas na AL e Câmara Municipal de Cuiabá



Da Redação - Lucas Bólico
Foto: Lucas Bólico/OD
Ex-senadora chorou ao anunciar saída do PT
Ex-senadora chorou ao anunciar saída do PT
Cortejada por diversas legendas, a ex-senadora e militante histórica do PT Serys Slhessarenko pode atrair dois parlamentares do partido e reduzir pela metade a representação da legenda na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na Câmara Municipal de Cuiabá caso escolha se filiar à agremiação Semear, arquitetada pela ex-senadora e pretensa candidata à Presidência da República Marina Silva (ex-PT e ex-PV).

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A legislação eleitoral permite que parlamentares troquem de partido sem correr o risco de perda de mandato por infidelidade partidária quando a migração é feita para uma agremiação que está sendo fundada. Caso faça adesão ao partido de Marina, a ex-petista poderá atrair companheiros que continuaram sob a estrela vermelha após sua saída.

Na Assembleia Legislativa, o PT ocupa duas cadeiras. Uma delas é a do deputado estadual Alexandre Cesar, membro da divisão interna que hoje dá as cartas no partido em Mato Grosso. O outro representante é o ‘problemático’ Ademir Brunetto, que não poupa críticas ao governador Silval Barbosa (PMDB) e vem sendo ‘fritado’ no partido por seus discursos ácidos.

Brunetto era próximo do grupo de Serys no período em que a ex-senadora militava no partido e vem causando desconforto no PT pelo seu sistemático posicionamento crítico frente à atual gestão estadual. O parlamentar foi um dos que votou, ainda em 2010, pelo apoio do PT ao projeto político de reeleição de Silval Barbosa, mas vem aumentando o tom do discurso contra o peemedebista cada vez mais.

Brunetto hoje defende que o PT saia da base de sustentação de Barbosa. Seu posicionamento, inclusive, foi duramente repreendido por Alexandre Cesar, segundo o qual, o partido decidiu por apoiar Silval Barbosa e o estatuto do PT prevê que os integrantes das bancadas são subordinados às deliberações e diretrizes estabelecidas pelas instâncias de direção partidária.

A rebeldia de Brunetto em romper com o PMDB em Mato Grosso esbarra em um obstáculo ainda maior: a eleição presidenciável de 2014. Para a cúpula nacional do PT, manter os partidos da base é crucial para viabilizar a reeleição de Dilma Rousseff e o PMDB é o principal e indispensável aliado. Além do mais, não foi de graça que Silval Barbosa se empenhou em tentar eleger Lúdio Cabral e todas as lideranças nacionais que vieram a Cuiabá durante a eleição externaram gratidão ao governador pelo trabalho de cabo eleitoral.

Cogita-se ainda nos bastidores do PT que o vereador Arilson da Silva é outro parlamentar que poderia ‘seguir’ Serys na nova legenda. Ele compõe a bancada petista na Câmara Municipal de Cuiabá com Allan Kardec.

Proveniente do movimento sindical, o bancário Arilson é vereador em Cuiabá em primeiro mandato e contou durante a campanha com o prestígio político da ex-senadora. Serys deu seu apoio a mais de um candidato a vereador do PT, mas declarou voto e apareceu seguidamente no horário eleitoral de Arilson. Aos mais próximos, quando pedia votos, Serys dizia, que Arilson era um dos poucos que ainda era ‘dos dela’ no PT.

A ex-senadora saiu do partido na reta final do segundo turno da campanha para prefeito de Cuiabá, polarizada entre Mauro Mendes (PSB) e Lúdio Cabral (PT), e declarou voto para o adversário de seu até então colega de partido. “Lutei o quanto pude”, afirmou na ocasião, quando acusou o grupo de Alexandre Cesar e Carlos Abicalil de terem-na ostracizado.

Além da possível adesão dos dois parlamentares, Serys deve levar consigo cerca de 300 militantes para o partido que escolher. Serys conta que já recebeu convites de pelo menos quatro siglas diferentes como PSB, PRB, PV e PDT, sem contar a Semear.
 Fonte: Olhar Direto

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