quinta-feira, 24 de março de 2011

O outro Lado: Sobre o caso agrotóxico em leite materno em Lucas do Rio Verde.

Leite materno contaminado por agrotóxicos em Lucas do Rio Verde - O outro Lado


Estou voltando novamente ao assunto sobre a denúncia apresentada hoje, dia 23,  através de jornais, portais de internet e telejornais: A contaminação do leite materno por agrotóxico em MT.
Assunto que o blog já estava discutindo desde o dia 19 no post: Agrotóxico em leite materno em Lucas do Rio Verde e na qual voltamos a falar em outro post: Os agrotóxicos em Lucas do Rio Verde.

Está sendo uma via de mão única, a cidade não está podendo se defender, então entrei em contato com nossas autoridades que estão se mobilizando para dar uma resposta a altura da denúncia apresentada. Segue abaixo comunicado emitido pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Lucas do Rio Verde. Meus agradecimentos ao secretário Edu Pascoski pelo empenho na agilização das informações e busca da verdade.
Da Ascom Lucas do Rio Verde por  Marcello Paulino
Prefeitura de Lucas do Rio Verde questiona pesquisa da UFMT sobre a presença de agrotóxicos no leite materno
Segundo o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Edu Pascoski, o município é um polo regional na revenda de agrotóxicos e por isso existe uma grande diferença entre o valor comercializado e o valor consumido
Apesar de oferecer todas as condições para a realização do trabalho, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde afirma que ainda não recebeu uma cópia da dissertação de mestrado em Saúde Coletiva da bióloga Danielly de Andrade Palma. A pesquisa foi apresentada no dia 15 de março a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e aponta a presença de agrotóxicos no leite materno.
De acordo com o secretário municipal de  Agricultura e Meio Ambiente, Edu Pascoski, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde tem todo o interesse nos resultados do trabalho e diz estranhar o fato da pesquisa ter ganho repercussão nacional, sem que a parte mais interessada tenha sido comunicada.

“A prefeitura não tem nada a esconder, muito pelo contrário, esta disposta a aprofundar o trabalho e buscar as soluções necessárias”.
Segundo o secretário, a intenção é propor junto aos responsáveis a criação de um grupo de trabalho para que possa avaliar melhor alguns aspectos da pesquisa, principalmente no que diz respeito a metodologia e ao histórico das mulheres avaliadas, para que a partir dos resultados, possam ser estabelecidas outras ações de controle.
Pascoski explica que o estudo está relacionado a um fato isolado,  a revoada de agrotóxicos que ocorreu em 2007 e atingiu o perímetro urbano. Porém, segundo ele, desde o incidente, o poder público tem tomado as providências necessárias para conter o avanço da agricultura nas áreas urbanas, com a fiscalização e a elaboração de leis que limitam o uso de defensivos e estabelecem o isolamento entre as áreas do município.
O secretário ressalta ainda os equívocos existentes a respeito do volume de agrotóxicos divulgado pela pesquisa, uma vez que existem particularidades na produção agrícola do município que devem ser consideradas. “Diferente de outras regiões, Lucas do Rio Verde possui duas e até três safras anuais, o que aumenta a média de uso de defensivos, se comparada a outros municípios”.
Segundo ele, o que não significa que os produtores rurais utilizam mais do que o necessário, muito pelo contrário, o objetivo é utilizar cada vez menos, uma vez que, o uso de defensivos agrícolas representa aproximadamente 30% do valor da safra.
Pascoski ressalta também o fato de que Lucas do Rio Verde é um polo regional na distribuição de agrotóxicos e que a pesquisa foi realizada com base nos números obtidos nas revendas agrícolas pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) de Mato Grosso. “Nem tudo que é revendido é aplicado nas lavouras de Lucas do Rio Verde, agricultores de seis municípios da região compram os defensivos aqui e aplicam em suas propriedades”.

O secretário lembra ainda que o município não é somente conhecido em todo o País como um dos maiores produtores de grãos do Estado de Mato Grosso, mas também, por meio do projeto Lucas do Rio Verde Legal, que busca o desenvolvimento da agricultura aliada a preservação do meio ambiente.
Fonte: Brasilianas>org

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