Da Redação - Luiz Cesar de Moraes/De Brasília - Marcos Coutinho
Foto: Reprodução
A disputa da vaga de primeiro suplente entre Neri Geller (PP-MT) e Roberto Dorner (PSD-MT), que já evoluiu da Câmara dos Deputados para o Supremo Tribunal Federal (STF), revela apenas a ponta do iceberg de uma queda de braço muito mais acirrada entre dois dos principais líderes políticos em Mato Grosso – Pedro Henry (PP) e José Riva (PSD).
Nos bastidores da política de Mato Grosso, é sabido que o deputado federal Pedro Henry, nomeado secretário de Saúde pelo governador Silval Barbosa (PMDB), nunca deglutiu o fato de o deputado Riva ter cooptado a maioria esmagadora das lideranças do PP para o PSD.
E, vale lembrar, Riva também só não levou Geller para o PSD, fato que deixaria Henry completamente só no PP, por uma questão de foro pessoal. Geller só não abandonou o barco progressista porque recebeu apelos de dirigentes nacionais do PP. Pelo menos ele justificou isso nos bastidores de todo processo de criação do PSD.
Ou seja: esta é a oportunidade ideal para Henry dar o troco em Riva.
À primeira vista, pode até parecer justa a tentativa do Partido Progressista (PP) de tentar assegurar a primeira suplência para o candidato mais votado entre os suplentes, Roberto Dorner, mas politicamente uma vitória judicial seria mais do que emblemática para o esquálido PP de Henry.
A despeito da queda de braço entre os dois 'titãs', Dorner teve o cuidado de se filiar ao PSD, que em Mato Grosso é liderado pelo deputado estadual José Riva, só após receber o aval da assessoria jurídica do novo partido de que não correria riscos de perder a primeira suplência com a migração de partido.
Agora parece ter dúvidas, pois eis que de repente surgem notícias de que o segundo suplente, Neri Geller, que se manteve fiel ao PP, reivindica o direito de ocupar a primeira suplência com a alegação da vaga pertencer à coligação e não ao suplente.
A iniciativa do PP tem respaldo legal, como argumenta Geller, ao mencionar entendimentos do STJ (MS 26602, 26303, 26604 e 27938) de que o mandato e os votos dados nas eleições proporcionais pertencem à legenda.
O empresário Roberto Dorner, que já teve oportunidade de assumir um período na Câmara durante licença de Henry, adianta que não irá recorrer de qualquer decisão desfavorável do STF. Dorner não descarta, inclusive, que pode ter havido falha na análise feita pelos advogados do Partido Social Democrático (PSD) em relação à possibilidade de perda de mandato por infidelidade partidária.
A afirmação de Dorner de que não recorrerá da decisão do STJ, transferindo ao partido (PSD) a responsabilidade por tomar providências a respeito, é sintomática. Dá a entender que nem ele acredita mais na chance de manter a posição de primeiro suplente.
Aparentemente a situação parece mesmo ser-lhe adversa, pois admite também a hipótese de falha na análise dos advogados do Partido Social Democrático (PSD) em relação à possibilidade de perda de mandato por infidelidade partidária.
Se a manobra urdida pelo PP for vitoriosa, o deputado federal Pedro Henry sentirá o gosto de uma pequena revanche no enfrentamento que protagoniza com o deputado estadual José Riva. Riva, por sua vez, que cantou vitória nos primeiros embates, terá perdido uma batalha. E o tabuleiro da sucessão estadual terá, mais uma vez, uma configuração diferente.
Nos bastidores da política de Mato Grosso, é sabido que o deputado federal Pedro Henry, nomeado secretário de Saúde pelo governador Silval Barbosa (PMDB), nunca deglutiu o fato de o deputado Riva ter cooptado a maioria esmagadora das lideranças do PP para o PSD.
E, vale lembrar, Riva também só não levou Geller para o PSD, fato que deixaria Henry completamente só no PP, por uma questão de foro pessoal. Geller só não abandonou o barco progressista porque recebeu apelos de dirigentes nacionais do PP. Pelo menos ele justificou isso nos bastidores de todo processo de criação do PSD.
Ou seja: esta é a oportunidade ideal para Henry dar o troco em Riva.
À primeira vista, pode até parecer justa a tentativa do Partido Progressista (PP) de tentar assegurar a primeira suplência para o candidato mais votado entre os suplentes, Roberto Dorner, mas politicamente uma vitória judicial seria mais do que emblemática para o esquálido PP de Henry.
A despeito da queda de braço entre os dois 'titãs', Dorner teve o cuidado de se filiar ao PSD, que em Mato Grosso é liderado pelo deputado estadual José Riva, só após receber o aval da assessoria jurídica do novo partido de que não correria riscos de perder a primeira suplência com a migração de partido.
Agora parece ter dúvidas, pois eis que de repente surgem notícias de que o segundo suplente, Neri Geller, que se manteve fiel ao PP, reivindica o direito de ocupar a primeira suplência com a alegação da vaga pertencer à coligação e não ao suplente.
A iniciativa do PP tem respaldo legal, como argumenta Geller, ao mencionar entendimentos do STJ (MS 26602, 26303, 26604 e 27938) de que o mandato e os votos dados nas eleições proporcionais pertencem à legenda.
O empresário Roberto Dorner, que já teve oportunidade de assumir um período na Câmara durante licença de Henry, adianta que não irá recorrer de qualquer decisão desfavorável do STF. Dorner não descarta, inclusive, que pode ter havido falha na análise feita pelos advogados do Partido Social Democrático (PSD) em relação à possibilidade de perda de mandato por infidelidade partidária.
A afirmação de Dorner de que não recorrerá da decisão do STJ, transferindo ao partido (PSD) a responsabilidade por tomar providências a respeito, é sintomática. Dá a entender que nem ele acredita mais na chance de manter a posição de primeiro suplente.
Aparentemente a situação parece mesmo ser-lhe adversa, pois admite também a hipótese de falha na análise dos advogados do Partido Social Democrático (PSD) em relação à possibilidade de perda de mandato por infidelidade partidária.
Se a manobra urdida pelo PP for vitoriosa, o deputado federal Pedro Henry sentirá o gosto de uma pequena revanche no enfrentamento que protagoniza com o deputado estadual José Riva. Riva, por sua vez, que cantou vitória nos primeiros embates, terá perdido uma batalha. E o tabuleiro da sucessão estadual terá, mais uma vez, uma configuração diferente.
Fonte; Olhar Direto
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