Da Redação - Laura Petraglia.
O presidente do Tribunal Regional Federal (TRF1), desembargador Olindo Menezes, indeferiu o pedido de suspensão do julgamento do lobista Josino Guimarães, acusado de ter sido o mandante do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral. Com isso, fica o júri popular e ele se sentará no banco dos réus nesta terça-feira (29).
O advogado de defesa de Josino, Waldir Caldas, ingressou em caráter de plantão no Tribunal Regional Federal da Primeira Região com o pedido de suspensão do julgamento e o deslocamento (desaforamento) de competência do julgamento do homicídio de Leopoldino, sob alegação de que a imprensa local tem veiculado matérias apontando-o como autor do homicídio e que isso influenciaria os jurados de forma a agirem com parcialidade
O juiz Leopoldino Marques do Amaral foi assassinado em setembro de 1999 após ter denunciado esquemas de venda de sentença no âmbito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, nepotismo, assédio sexual e tráfico de influência. Ele chegou a escrever uma carta relatando todos os esquemas no judiciário. O corpo dele foi encontrado no Paraguai, com dois tiros na cabeça e parcialmente carbonizado. A morte de Leopoldino sempre foi envolta de mistérios.
O lobista Josino Pereira Guimarães, junto com a já condenada Beatriz Árias, também é acusado de ter participado do crime. À época ele foi denunciado por Leopoldino de ser o intermediário na transação das vendas de sentença no TJ-MT. Josino conseguiu protelar o julgamento por 12 anos com recursos sucessivos, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes que suspendia o julgamento. É esse o motivo pelo qual ele vai a júri popular amanhã.
fonte Olhar Direto
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