foto: Rádio Super Condá
Felipe Prestes
Pessoas se aglomeraram em frente à casa do vereador petista, que foi encontrado morto nesta segunda (28)
O vereador de Chapecó Marcelino Chiarello (PT) foi encontrado morto por volta do 12h desta segunda-feira (28) em sua residência no município de quase 200 mil habitantes, no oeste de Santa Catarina. Ele foi encontrado enforcado, mas a hipótese de assassinato é forte, porque o corpo de Chiarello estaria ensanguentado, segundo testemunhas que viram o corpo já sem vida ser retirado da casa do vereador. Colegas de partido levantam suspeitas contra um vereador do PSD que estava sendo denunciado pelo petista.
O Instituto Médico Legal de Chapecó afirma que a perícia ainda não foi concluída e não confirma a informação de sangue, nem a de que haveria hematomas no corpo de Chiarello. A Polícia Civil também espera o laudo do IML, que deve sair nas próximas horas, para se pronunciar e não descarta nenhuma hipótese.
“Ele não estava deprimido. Não era psicótico, não tomava medicamento. Estava feliz, falava em se candidatar a prefeito”, afirma a colega de partido, vereadora Angela Moreira Vitória, em entrevista ao Sul21. A petista diz que ainda na manhã desta segunda Chiarello teria avisado o filho para ir casa de sua avó e chamar a polícia.
Angela diz que Chiarello fazia muitas denúncias de corrupção: “Ele sempre foi bem de pegar no pé neste sentido”. A denúncia mais atual era contra o vereador Dalmir Pelicioli (PSD). Como subprefeito de Chapecó, Pelicioli estaria desviando pequenas subvenções sociais destinadas a entidades associativas. Com a denúncia de Chiarello, Pelicioli foi afastado do cargo e voltou para a Câmara dos Vereadores. O PT pedia sua cassação, enquanto ele pedia cassação dos petistas por calúnia.
A vereadora petista ressalta que Chiarello fez outras denúncias. Outra recente foi de irregularidades na aquisição de lombadas eletrônicas pela Prefeitura. “Outra pessoa pode ter se aproveitado desta briga com o Pelicioli”, cogita a vereadora. “Está todo mundo apavorado. Ninguém podia imaginar algo desta natureza”, completa.
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvati, que é do PT catarinense, entrou em contato com o governador Raimundo Colombo (PSD) e com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), para pedir rigor na apuração do caso.
Chiarello estava no segundo mandato como vereador. Seu corpo será velado a partir das 19h na Câmara dos Vereadores, depois seguirá para o salão da comunidade católica do Bairro Santo Antônio. O sepultamento será nesta terça-feira, às 17h, no cemitério Jardim do Éden.
Fonte: Sul 21
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