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quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Líder indígena não tira cocar e é preso pela PF: "Ele devia ter dito que é índio
Líder se recusou a tirar o cocar no setor de embarque.
Fiscal do Ibama afirmou que índio não poderia viajar com o ornamento. Indígena representaria Amazonas na Conferência das Cidades, em MG
O líder indígena Paulo Apurinã foi detido pela Polícia Federal (PF), na tarde de quarta-feira (23), após se negar a tirar o cocar no setor de embarque do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), Apurinã foi impedido de viajar por um fiscal do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama).
A Funai informou ao G1 que o índio viajava usando um cocar de penas de animais silvestres. O fiscal do Ibama tentou recolher a peça, alegando que o objeto não possuía autorização do Instituto, comprovada por meio de um selo.
Ainda de acordo com a Fundação, Paulo Apurinã declarou que não viajaria sem o cocar pois a peça era sagrada. O fiscal do Ibama solicitou então ajuda à Polícia Federal. Segundo a Funai, a medida estressou o indígena, que empurrou um policial.
O superintendente do Ibama, Mário Lúcio Reis, disse ao G1 que Apurinã não se identificou como indígena no início da discussão, e contou ainda que o índio estava muito irritado. "Ele estava alterado e acabou desacatando a autoridade policial. A cultura indígena é totalmente permitida nas terras deles, mas fora toleramos principalmente em eventos. Ele deveria ter dito que era índio antes", declarou.
Paulo Apurinã foi algemado e encaminhado à sede da Polícia Federal, onde prestou depoimento. Após dar esclarecimentos sobre o caso, Apurinã foi liberado. O líder indígena viajava para Belo Horizonte, Minas Gerais, onde representaria os povos indígenas do Amazonas na Conferência das Cidades, que começa nesta quinta-feira (24).
Fonte Repórter Nwes
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