Na esteira do novo plano de carreira dos servidores da Câmara, os deputados já avaliam aumentar a verba de gabinete para contratar funcionários sem concurso. A ideia inicial é elevar a verba dos atuais R$ 60 mil por mês para R$ 80 mil mensais, um valor que pode representar um gasto extra de R$ 133 milhões por ano. Para se ter ideia, só o aumento proposto no novo plano de carreira vai impactar a folha em R$ 207 milhões por ano, e a Câmara ainda deve R$ 300 milhões de gratificações não pagas a seus 3.500 funcionários efetivos, que ameaçam cobrar a dívida na Justiça.
O relator do Projeto de Lei 2.167/11, Paulinho da Força (PDT-SP), está conversando sobre o aumento da verba de gabinete com os líderes, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e o primeiro secretário, Eduardo Gomes (PSDB-TO). Formalmente, o tema não está no projeto. O texto fala apenas da permissão para que os deputados aumentem os salários de seus colaboradores nos gabinetes para até R$ 11.300, mas sem dinheiro extra para fazer isso. Ou seja, do que jeito que está, há apenas remanejamentos com os mesmos recursos à disposição.
Como mostrou o Congresso em Foco na quarta-feira (16), o novo plano de carreira prevê aumentos de até 39%, um ano e meio depois de a Câmara aprovar um plano com reajustes de até 40%.
“Muitas solicitações”
Paulinho e Eduardo Gomes têm recebido pedidos para aumentar a verba de gabinete. “Há muitas solicitações”, diz Gomes, que lembra que o valor está sem reajuste há dois anos, quando aumentou-se o valor de R$ 50 mil para R$ 60 mil. Paulinho considera “razoável” a elevação em um terço e, sob a orientação de Marco Maia, começou a conversar com os líderes sobre o tema. De acordo com Paulinho, as lideranças concordam com ele e preferem que o reajuste seja incluído no projeto de lei do plano de carreira.
fonte: Congresso em Foco
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