segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Pânico nas bolsas sinaliza uma nova recessão mundial


Umberto Martins, 


O comportamento das bolsas de valores e dos investimentos pelo globo nesta segunda-feira, 8, sugere que a economia mundial navega ao encontro de uma nova tempestade. Ganha força e parece irresistível a tendência a uma recaída na recessão. O pano de fundo dos acontecimentos em curso é a crise da ordem capitalista liderada pelos Estados Unidos.

O mercado de capitais brasileiro foi um dos mais afetados. As operações na Bovespa quase foram interrompidas (o que ocorre quando o índice baixa 10%) e o dia encerrou com o Ibovespadespencando 8,08%, o maior tombo desde outubro de 2008. Já o dólar subiu 1,44%.

Em Nova York, o Dow Jones caiu 5,5%. Na Ásia as perdas médias superam 4%, na Europa Frankfurt recuou 5,02%, Paris 4,7%. A bolsa de Moscou também desabou 5,6%. 

Ouro e commodities

A cotação do ouro registrou um novo recorde na segunda-feira (8), superando a barreira dos US$ 1.700 a onça (28,3 g) pela primeira vez. O precioso metal fechou a US$ 1.715 e já acumula uma valorização de 20% ao longo deste ano. A evolução reflete a fuga de capitais das bolsas e títulos públicos para o ativo ainda hoje considerado como o mais seguro do mundo.

O preço das commodities recuou sob o impacto da perspectiva de uma nova recessão no mundo. O efeito disto é contraditório para o Brasil, cujo superávit comercial num contexto de excessiva valorização do real só se explica pela valorização das commodities e reversão dos termos da troca internacional. O impacto negativo influencia as bolsas e se persistir pode deprimir o valor das exportações e agravar o déficit em conta corrente, embora a inflação e os juros possam cair, conforme antecipam os índices do mercado futuro
Fonte: Brazil Brazil

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