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domingo, 3 de julho de 2011
Afastamento de Pagot 'fragiliza' Maggi e o PR de MT (Leia íntegra das denúncias em matéria da Veja aqui)
da redação Marcos Coutinho
A decisão da presidente Dilma Rousseff em determinar que o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, afaste o diretor geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, e outros indicados do PR no ministério e na autarquia, por causa de supostos esquemas de desvio de recursos de obras federais, acaba por enfraquecer , por tabela, o senador Blairo Maggi (PR/MT) e sigla republicanos em Mato Grosso.
Manter Pagot no cargo sob intenso fogo amigo cruzado seria uma missão difícil, mas o senador republicano parece ter lavado as mãos há muito tempo, pois seu afilhado estava no epicentro de toda sorte de críticas. Mesmo com Antonio Pagot sob fogo cerrado da oposição, de modo especial o senador Mário Couto (PSDB-PA), não houve defesa do congressista republicano.
Contudo, atrelar Maggi aos supostos esquemas revelados pela Veja seria insensatez, desfaçatez ou até mesmo maldade, mas, por uma questão óbvia de dedução, o escândalo respinga em todos os líderes republicanos.
Resta saber qual será o comportamento do senador mato-grossens, que foi aliado de primeira hora do ex-presidente Lula no segundo turno das eleições de 2006, diante a aguda crise.
A semana que começa domingo, realmente promete, porque a reportagem da revista "O Mensalão do PR" é bombásticas em todos os aspectos, mas sobretudo porque revela o quanto o fogo amigo tem vazado para a chama grande imprensa e gerando crises no âmago do governo Dilma.
Diga-se de passagem, os vazamentos que já derrubaram até o ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil) têm sido importantes para o país, porque revelam o quão graves são as denúncias de corrupção no governo federal e o peso nada positivo do passivo lulista.
A despeito da troca de farpas na base governista, a crise chegou no colo de lideranças políticas estaduais e os desdobramentos, comparações, análises e conjecturas serão inevitáveis. Ex-governador de Mato Grosso por mais de sete anos, Maggi realizou o mais audacioso programa rodoviário do país, em parceira com os produtores rurais (sojicutores e cotonicultores), tendo Pagot como seu braço executor.
Deu certo nos primeiros quatro anos de gestão, quando a gestão Blairo Maggi ia de vento em popa. E de certo modo, o programa implementado pela dupla (Maggi-Pagot), em regime de parceria com ruralistas, foi revolucionário e cacifiou a indicação para a Direção Geral do Dnit, um dos cargos mais cobiçados da República.
Nos bastidores da base situacionista, Pagot entrou para o staff federal, ainda na gestão Lula, na "cota do senador Maggi e do PR de Mato Grosso". Em suma, a decisão da presidente abala as estruturas republicanas em solo mato-grossense, inegavelmente, sobretudo desgasta Maggi.
Padrinho político de Pagot, Maggi sabia da importância estratégica de indicá-lo para a direção geral do Dnit e contou com aval até mesmo do deputado federal Wellington Fagundes (PR/MT), ex-PL.
Fagundes era desafeto de Maggi (ex-PPS) por conta de conjunturas políticas em Rondonópolis, base eleitoral de ambos os líderes republicanos, mas os dois líderes se uniram politicamente para fundar o PR no Estado,
E, a posteriori, para referendar a indicação de Luiz Antonio Pagot para o Dnit, porque sabiam que o cargo poderia tirar o Estado do atraso secular em termos de infra-estrutura e logística. Vinha dando certo, visto que o orçamento para as obras em Mato Grosso aumentou significativamente.
Mais informações em instantes/Primeira atualização às 06h40 de domingo/Segunda atualização às 08h13
Leia íntegra da matéria abaixo: páginas de 1 a 10
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fonte: Olhar direto
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