quinta-feira, 7 de julho de 2011

Marino Franz avalia sua gestão e traça o perfil do candidato que vai apoiar para sua sucessão

 
Satisfeito com a Infraestrura e insatisfeito com a Saúde, o prefeito de Lucas do Rio Verde fala tudo sobre sua gestão e cita nomes que poderá apoiar nas próximas eleições  

CRÉDITO: ASSESSORIA   
Marino Franz, prefeito de Lucas do Rio Verde
Marino Franz, prefeito de Lucas do Rio Verde
Dono de um espírito empreendedor, há 31 anos Marino Franz chegou da pequena cidade de São Carlos - SC, região Sul do país, para se estabelecer na região Norte de Mato Grosso, ajudando a construir uma das cidades mais prósperas do Estado, Lucas do Rio Verde, considerado hoje um município-modelo no país. Atualmente ele conduz os rumos da administração da cidade que fica a 354 quilômetros da capital Cuiabá, tem mais de 50 mil habitantes  e  ocupa lugar de destaque no ranking dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.
 
O pioneiro tem um estilo prático e rigoroso de administrar. É provável que essas  habilidades venham da  experiência como  empresário, Marino Franz é  proprietário de umas das maiores empresas do setor agrícola do Estado. Ele próprio nomeia sua maneira de trabalhar:  “No Poder Público, faço uma gestão empresarial”.
 
Em entrevista exclusiva ao ExpressoMT, o chefe do Executivo Municipal de Lucas do Rio Verde, avalia sua gestão até aqui, pontua os setores onde mais se destaca como o de infraestrutura, e revela que não está satisfeito com o setor de Saúde. O prefeito ainda fala sobre sua expectativa para o próximo pleito eleitoral e descreve o perfil do candidato que ele deve apoiar na corrida para a sua sucessão na prefeitura de Lucas do Rio Verde.

ExpressoMT:  Como o senhor avalia sua gestão até aqui o que pode ser destacado?
 
Marino Franz: Naquilo que nos propomos a fazer estamos cumprindo. A cidade pulou de 19 mil habitantes para mais de 50 mil, num curto período, éramos a décima economia do Estado, hoje estamos entre as seis primeiras com perspectiva para ficar entre as quatro em seis anos e meio. Fomos o município que mais cresceu no Estado no último ano. O planejamento que fizemos também é um modelo de gestão ousada e de futuro. Dentro do Plano Diretor já planejamos o município para uma população de até  400 mil habitantes.  Criamos o Distrito Industrial, um centro moderno que permite que a cidade cresça de maneira ordenada. No setor de infraestrutura temos água em 100% das casas, vamos deixar a cidade com 100% das ruas  asfaltadas, uma praça em cada bairro e criaremos mais dois parques naturais até final do governo. E a Educação vai bem.

ExpressoMT:  Lucas do Rio Verde é uma cidade famosa por oferecer oportunidade, as pessoas chegam aqui atrás de uma vida melhor. Encontram emprego, mas também dificuldades pelo alto custo de vida, aluguel, alimentação, mais caros que nas grandes cidades. O que fazer para distribuir melhor esse capital que  hoje está concentrado nas mãos dos grandes?
 
Marino Franz: o Poder Público não tem como controlar a concentração de terras, a expansão do latifúndio, que está nas mãos de poucos, um domínio horizontal. Mas hoje a renda está melhor distribuída entre a população de Lucas. E o custo de vida daqui é o mesmo do Sul do país.  A criação do Parque Industrial melhorou a vida das pessoas das classes menos favorecidas, muitas  pequenas empresas foram criadas. A geração de emprego cresceu muito. Quando assumimos existiam 811 empresas abertas, eram 3.571 pessoas com carteira assinada, hoje temos  mais de três mil empresas e mais de 15 mil trabalhadores com registro em carteira. Outro fator que destaco é a questão da moradia. Eu me esforcei ao máximo nessa área, construímos mais casas do que em qualquer outra cidade de Mato Grosso, pois entendo que quando a família tem sua própria casa, melhora sua qualidade de vida, pois mesmo pagando uma prestação, é um valor baixo e sobra dinheiro para o consumo e ainda fixa a mão de obra.
 
ExpressoMT:  E a Indústria Leiteira como anda esse projeto?
 
Marino Franz: Está andando, mas não na velocidade como eu gostaria,  porque a concentração de áreas nas mãos de poucos atrapalha.
 
ExpressoMT:  E onde sua gestão tem dificuldade, qual a deficiência?
 
Marino Franz: Acabei de trocar todas as coordenações da Secretaria de Saúde. Avalio que nesta área é preciso melhorar.
 
ExpressoMT:  Mas por que o senhor trocou os coordenadores?
 
Marino Franz: Mantive o secretário, mas troquei os coordenadores porque quero melhorar. Eu não estou satisfeito  e nem a população está satisfeita. Tem que melhorar muito. A saúde é complexa. Existe uma falta de médicos. E esses profissionais impõem suas exigências sobre os gestores públicos, os prefeitos ficam reféns deles e também do Governo Federal que não garante os tratamentos de média e alta complexidade. Mas temos todas as famílias hoje cobertas pelos PSFs. O  que falta  nessa área é atendimento  humanizado,  não tem porque atender mal o paciente.
 
ExpressoMT:  Agora falando em política, o senhor já tem candidato para sua sucessão?
 
Marino Franz: O meu partido (PPS) está se reestruturando e dentro dele temos pessoas com potencial para ser prefeito. Os avanços que Lucas teve foram com o PPS, inclusive,  os avanços nos últimos anos no Estado também  foram sob o PPS.
 
ExpressoMT:  Mas dentre esses nomes do PPS, o senhor tem preferência?
 
Marino Franz: Eu acredito que para ser prefeito não podemos levar em conta opinião, o que se deve avaliar é o perfil. A população tem que avaliar o histórico do candidato. Aquele que trabalhou sempre pelo município, pela comunidade, lá na Igreja, na Associação, é esse tipo de pessoa que deve ser prefeito.
 
ExpressoMT:  O “Seo” Osvaldo Martinello tem esse perfil?
 
Marino Franz: O Osvaldo tem, como o Joci (vice-prefeito) também. E outras pessoas também têm. Eu vou apoiar quem tiver esse perfil e o que meu grupo decidir.
 
ExpressoMT: E qual é o legado que o senhor deixará para a cidade e para seu sucessor?
 
Marino Franz: Deixaremos uma cidade organizada, com um planejamento  para até o ano de 2025, o próximo prefeito terá uma condição muito boa de trabalho, num prédio novo, com tudo agregado, que vai possibilitar um trabalho integrado, e ainda vai reduzir o custo operacional da administração em 40%.


Fonte: Sanny Lisboa/ExpressoMT

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