ASSEMBLEIA LEGISLATIVA | 08/02/2012 - 07:30
Glaucia Colognesi
Ao defender a tese de que o ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR) está sendo injustiçado no escândalo do maquinário, o secretário-geral do PR em Mato Grosso, deputado Emanuel Pinheiro, se empolgou e acabou até causando desconforto entre os parlamentares. "Estão tentando dilapidar e estuprar a figura política de um dos maiores líderes do nosso Estado", disparou Emanuel, numa referência a continuidade do inquérito que apura suposto envolvimento do senador no superfaturamento de R$ 44 milhões.
O protesto do deputado foi contra a decisão do conselho do Ministério Público que não arquivou ação contra o ex-governador Blairo Maggi no caso do superfaturamento dos maquinários. O inquérito civil apura o envolvimento de Maggi no desvio de R$ 44 milhões na compra de 705 máquinas e caminhões por parte do governo em 2009, ainda sob sua gestão, no programa MT 100% Equipado. Pinheiro classificou as acusações contra Maggi como uma "injustiça, calúnia, difamação e injúria".
O parlamentar salientou que Maggi escreveu a história política do Estado, sendo um divisor de águas. "Maggi vende o Estado, no bom sentido, em todos os cantos do nosso planeta. Atingir Maggi é atingir Mato Grosso que deu certo, a nossa gente, o agronegócio", pontuou.
O deputado Mauro Savi (PR), que foi líder do Governo Maggi no Legislativo, também defendeu o ex-governador e confidenciou que, por conta da repercussão do escândalo, o correligionário quer até deixar a política. "É difícil ver estampado na mídia, notícias tentando imputar a generalização de uma corrupção num governo tão brilhante. É por isso que muitas pessoas de boa índole estão saindo da política", disparou.
Savi criticou ainda a conduta de membros do MP, que votaram pelo não arquivamento do inquérito contra Maggi. "O argumento no voto de um dos integrantes do conselho foi de que o governador não fez nada diante do escândalo. Isso é mentira! Maggi foi o primeiro, depois de uma denúncia anônima, a mandar investigar", salientou. Nesta segunda, por 7 a 4, o conselho do MP manteve a ação, que será conduzida pelo procurador Siger Tutiya. Por fim, Savi também lembrou que ao reprovar as contas do ex-secretário de Infraestrutura Vilceu Marchetti, o pleno do TCE, se quer citou o ex-governador. "São 40 volumes de processo, nenhum conselheiro achou indício que levasse à culpa de Maggi", finalizou.
FONTE: RDNEWS
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