Da Redação
As eleições municipais deste ano prometem surpresas para o eleitor e muita revolta por parte de políticos tidos “caciques” em suas regiões e campeões de votos, mas que enfrentaram ou estão enfrentando problemas de corrupção, desvio de caixa e outras arbitrariedades. É que pela primeira vez na história política do Brasil, só poderão disputar o pleito eleitoral quem tiver ficha limpa, ou seja não estiver enfrentando problemas na Justiça ou que tenha sido condenado em alguma instância.
Esta mudança, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal, que acaba com o Ficha Suja, pode mudar o cenário político do país. Em Mato Grosso a história não é tão diferente dos outros estados da Nação. Vários gestores, considerados “bons de votos” estão preocupados. E eles não vão encontrar vida fácil em suas trajetórias. O Tribunal Regional Eleitoral e o Movimento de Combate a Corrupção no Estado prometem fiscalização rigorosa e a divulgação constantes dos Fichas Sujas.
Em um primeiro levantamento já se sabe que dos 141 municípios do Estado, pelo menos 22 estão com gestores – prefeitos e presidentes de Câmaras Municipais em situações criticas. Um levantamento feito pelo MCCE no Tribunal de Contas do Estado mostra as contas de 2010 julgadas irregulares pelo TCE implicam em problemas para os gestores das cidades de Barra do Bugres, Castanheira, Chapada dos Guimarães, Cocalinho, Cuiabá, Diamantino, Figueirópolis D'oeste; Guiratinga; Juruena, Juscimeira, Luciara, Nova Brasilândia, Nova Olímpia, Novo Mundo, Novo Santo Antônio, Porto Estrela, Rondolândia, Santo
Antônio de Leverger, São Felix do Araguaia, São Pedro da Cipa, Tesouro e Vila Bela da Santíssima Trindade. Estes gestores, poderão ficar impedidos de disputar eleições pelos próximos oito anos.
Mas o desespero não atinge apenas políticos municipais. Atinge também deputados estaduais e federais de Mato Grosso. De acordo com o Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral no Estado, vários parlamentares estão na lista dos inelegíveis por ocorrências na Justiça e nos tribunais. O Cadastro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também destacada as decisões judiciais dos tribunais. O sistema traz informações sobre processos já julgados, nos termos da Lei nº 8.429/92 - Lei de Improbidade Administrativa (LIA).
Segundo o MCCE estão relacionados os deputados Airton Português (PSD), Antônio Azambuja (PP), Guilherme Maluf (PSDB), Hermínio J. Barreto (PR), João Malheiros (PR), José Domingos Fraga Filho (PSD), José Geraldo Riva (PSD), Mauro Savi (PR), Percival Santos Muniz (PPS), Ságuas Moraes (PT) e Sérgio Ricardo (PR). Também figuram na lista os deputados federais Carlos Bezerra (PMDB), Eliene Lima (PSD), Pedro Henry (PP) e Wellington Fagundes (PR), além do senador Jayme Campos (DEM).
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