Adelino Canário é professor de Biologia e está na Antártica para estudar peixes
Marta Gleich
Zero Hora entrevistou por e-mail uma testemunha do incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz. Adelino Canário é professor de Biologia na Universidade do Algarve, em Faro, Portugal. Está na Antártica para estudar peixes e perceber como reagem ao aumento da temperatura da água e à diminuição de salinidade. Estes peixes vivem em temperaturas entre -2 e +2 ºC e não toleram temperaturas de mais de 5-6 ºC.
ZH — Onde o senhor estava quando viu o incêndio?
ZH — Onde o senhor estava quando viu o incêndio?
Adelino Canário — Eu estou na estação polaca de Arctowski que fica do outro lado da Baía do Almirantado, onde se encontra a estação de Ferraz. Os feridos foram transportados de zodíaco (barco de borracha) da estação de Ferraz para aqui e daqui foram levados pelo helicóptero chileno para o hospital, na estação chilena de Frei, a cerca de 15 km. Foi nessa altura, cerca das 7 horas da manhã, que dei pelo acontecido.
ZH — O que o senhor viu?
Adelino Canário — Daqui via-se a fumaça negra, espessa, que se levantava da estação. E através de binóculos via-se que as pessoas estavam reunidas na praia, de onde eram recolhidas pelos helicópteros chilenos para evacuação. O fogo deve ter-se iniciado pouco depois da meia-noite e propagado rapidamente. O alerta foi dado cerca de 1 hora da manhã.
ZH — O senhor sabe como foi o combate ao incêndio?
Adelino Canário — Não estava na proximidade para saber que tentativas de combate ao incêndio foram feitas. Mas foi-me indicado que após a avaria dos geradores o sistema de combate a incêndio ficou muito limitado. Aqui a atmosfera é muito seca e é fácil gerar faíscas. O fogo propaga-se rapidamente.
ZH — Viu algum dos brasileiros resgatados?
Adelino Canário — Vi a pessoa chegar no zodíaco para ser transportada de helicóptero, mas não me aproximei.
ZH — O que mais o senhor viu?
Adelino Canário — Havia três helicópteros no transporte contínuo das cerca de 60 pessoas de Ferraz para Frei, a partir das cerca das 8 horas da manhã daqui. Havia ainda dois navios da Marinha Argentina nas imediações. O pessoal polonês da estação deArctowski esteve no local para ajudar desde a 1 hora da manhã. Além de trazerem o ferido, forneceram apoio com bebidas quentes.
ZH — O que o senhor viu?
Adelino Canário — Daqui via-se a fumaça negra, espessa, que se levantava da estação. E através de binóculos via-se que as pessoas estavam reunidas na praia, de onde eram recolhidas pelos helicópteros chilenos para evacuação. O fogo deve ter-se iniciado pouco depois da meia-noite e propagado rapidamente. O alerta foi dado cerca de 1 hora da manhã.
ZH — O senhor sabe como foi o combate ao incêndio?
Adelino Canário — Não estava na proximidade para saber que tentativas de combate ao incêndio foram feitas. Mas foi-me indicado que após a avaria dos geradores o sistema de combate a incêndio ficou muito limitado. Aqui a atmosfera é muito seca e é fácil gerar faíscas. O fogo propaga-se rapidamente.
ZH — Viu algum dos brasileiros resgatados?
Adelino Canário — Vi a pessoa chegar no zodíaco para ser transportada de helicóptero, mas não me aproximei.
ZH — O que mais o senhor viu?
Adelino Canário — Havia três helicópteros no transporte contínuo das cerca de 60 pessoas de Ferraz para Frei, a partir das cerca das 8 horas da manhã daqui. Havia ainda dois navios da Marinha Argentina nas imediações. O pessoal polonês da estação deArctowski esteve no local para ajudar desde a 1 hora da manhã. Além de trazerem o ferido, forneceram apoio com bebidas quentes.
Fonte: Zero Hora
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