Caso Empaer, em julgamento no TRE, pode tirar Silval do cargo e provocar nova eleição para governador. Diante de julgamento tão vital, operação abafa, envolvendo políticos e imprensa amestrada, procura garantir que o povo olhe para outro lado
13/06/2011 - 10:34:00Enquanto a maioria de nossa imprensa, devidamente amestrada pelas verbas governamentais, segue se escondendo da noticia, o fato é que entramos em semana que pode registrar decisão de alto impacto na vida político-administrativa de Mato Grosso. É a decisão do Caso Empaer, na Justiça Eleitoral, que fica cada vez mais próxima - e que pode resultar em uma completa mudança na conjuntura política do Estado. Caso a Justiça Eleitoral confirme a validade da denúncia formulada pela coligação comandada por Mauro Mendes e reconheça a prática de crime eleitoral pela coligação comandada por Silval Barbosa, a cassação do diploma do atual governador será a consequencia mais imediata. O afastamento do governador, seis meses depois da posse, levaria a Justiça Eleitoral a convocar eleição suplementar no Estado de Mato Grosso.
É isso o que está em discussão no Tribunal Regional Eleitoral, neste episódio da Empaer. Vejam que a primeira votação, quando ao pedido do Ministério Público Eleitoral, que propôs a juntada de novas provas, que demonstrariam que o uso da máquina pública, na campanha da coligação PMDB-PT-PR não aconteceu apenas na Empaer, mas também na Sefaz e na Policia Militar e em outros orgãos da administração estadual (o MCCE fez denúncias relativas à Secretaria de Educação), essa votação terminou empatada. Três a três, cabendo agora o voto de minerva ao desembargador Rui Ramos, presidente do TRE. Três a três - e o próximo lance é o desempate que, devidamente coberto pela midia, poderia se transformar, para o público eleitor e leitor, num lance mais emocionante que uma decisão, nos penaltis, de uma final de Copa do Mundo entre Brasil e Argentina. Sim, se nossos editores de política não fossem um pobres coitados sem consciencia do papel social que tem a desempenhar e nossos donos de jornais e televisões não fossem urubus interessados apenas em faturar um punhado de dólares a mais, arrancados sem qualquer pudor dos já tão sacrificados cofres públicos.
É a continuidade ou não do governo Silval que está em discussão no Tribunal Regional Eleitoral e nossa grande imprensa, nossa Assembléia Legislativa, nossas principais lideranças políticas, comandam uma operação abafa para que a maioria da população não atente para este importante e decisivo momento que estamos vivendo, dentro daquela Justiça Eleitoral, recentemente sacudida por uma devassa anti-corrupção promovida pelo Superior Tribunal de Justiça, em inquérito que ficou conhecido como Operação Asafe e resultou no afastamento dos juizes eleitorais Evandro Stábile e Eduardo Jacob. Evandro Stábile era simplesmente o presidente do Tribunal Regional Eleitoral.
É bem Mato Grosso. Tudo se faz para que o povo continua alheio aos processos de decisão que tornam a nossa democracia um processo tão multifacetado. Para os caciques da política, quanto menos o povo intervir nesta ocasiões, melhor. Já pensou se esses processos fossem julgados com uma multidão de cidadãos e eleitores lotando o plenário do TRE, cercando o prédio da Justiça Eleitoral? O governador pode não ser cassado mas a democracia direta se faria mais robusta neste Estado de Mato Grosso
FONTE: PÁGINA DO E
É isso o que está em discussão no Tribunal Regional Eleitoral, neste episódio da Empaer. Vejam que a primeira votação, quando ao pedido do Ministério Público Eleitoral, que propôs a juntada de novas provas, que demonstrariam que o uso da máquina pública, na campanha da coligação PMDB-PT-PR não aconteceu apenas na Empaer, mas também na Sefaz e na Policia Militar e em outros orgãos da administração estadual (o MCCE fez denúncias relativas à Secretaria de Educação), essa votação terminou empatada. Três a três, cabendo agora o voto de minerva ao desembargador Rui Ramos, presidente do TRE. Três a três - e o próximo lance é o desempate que, devidamente coberto pela midia, poderia se transformar, para o público eleitor e leitor, num lance mais emocionante que uma decisão, nos penaltis, de uma final de Copa do Mundo entre Brasil e Argentina. Sim, se nossos editores de política não fossem um pobres coitados sem consciencia do papel social que tem a desempenhar e nossos donos de jornais e televisões não fossem urubus interessados apenas em faturar um punhado de dólares a mais, arrancados sem qualquer pudor dos já tão sacrificados cofres públicos.
É a continuidade ou não do governo Silval que está em discussão no Tribunal Regional Eleitoral e nossa grande imprensa, nossa Assembléia Legislativa, nossas principais lideranças políticas, comandam uma operação abafa para que a maioria da população não atente para este importante e decisivo momento que estamos vivendo, dentro daquela Justiça Eleitoral, recentemente sacudida por uma devassa anti-corrupção promovida pelo Superior Tribunal de Justiça, em inquérito que ficou conhecido como Operação Asafe e resultou no afastamento dos juizes eleitorais Evandro Stábile e Eduardo Jacob. Evandro Stábile era simplesmente o presidente do Tribunal Regional Eleitoral.
É bem Mato Grosso. Tudo se faz para que o povo continua alheio aos processos de decisão que tornam a nossa democracia um processo tão multifacetado. Para os caciques da política, quanto menos o povo intervir nesta ocasiões, melhor. Já pensou se esses processos fossem julgados com uma multidão de cidadãos e eleitores lotando o plenário do TRE, cercando o prédio da Justiça Eleitoral? O governador pode não ser cassado mas a democracia direta se faria mais robusta neste Estado de Mato Grosso
FONTE: PÁGINA DO E
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