segunda-feira, 13 de junho de 2011

PODERÁ HAVER NOVA ELEIÇÃO EM MATO GROSSO


Caso Empaer, em julgamento no TRE, pode tirar Silval do cargo e provocar nova eleição para governador. Diante de julgamento tão vital, operação abafa, envolvendo políticos e imprensa amestrada, procura garantir que o povo olhe para outro lado

13/06/2011 - 10:34:00
Caso Empaer pode tirar Silval do governo, por uso da máquina pública em sua campanha eleitoral
Caso Empaer pode tirar Silval do governo, por uso da máquina pública em sua campanha eleitoral
Procurador eleitoral, Thiago Lemos de Andrade, do MPF, apresentou provas de que uso da máquina pública teria envolvido outras estruturas da administração, além da Empaer
Procurador eleitoral, Thiago Lemos de Andrade, do MPF, apresentou provas de que uso da máquina pública teria envolvido outras estruturas da administração, além da Empaer

Enquanto a maioria de nossa imprensa, devidamente amestrada pelas verbas governamentais, segue se escondendo da noticia, o fato é que entramos em semana que pode registrar decisão de alto impacto na vida político-administrativa de Mato Grosso. É a decisão do Caso Empaer, na Justiça Eleitoral, que fica cada vez mais próxima - e que pode resultar em uma completa mudança na conjuntura política do Estado. Caso a Justiça Eleitoral confirme a validade da denúncia formulada pela coligação comandada por Mauro Mendes e reconheça a prática de crime eleitoral pela coligação comandada por Silval Barbosa, a cassação do diploma do atual governador será a consequencia mais imediata. O afastamento do governador, seis meses depois da posse, levaria a Justiça Eleitoral a convocar eleição suplementar no Estado de Mato Grosso.

É isso o que está em discussão no Tribunal Regional Eleitoral, neste episódio da Empaer. Vejam que a primeira votação, quando ao pedido do Ministério Público Eleitoral, que propôs a juntada de novas provas, que demonstrariam que o uso da máquina pública, na campanha da coligação PMDB-PT-PR não aconteceu apenas na Empaer, mas também na Sefaz e na Policia Militar e em outros orgãos da administração estadual (o MCCE fez denúncias relativas à Secretaria de Educação), essa votação terminou empatada. Três a três, cabendo agora o voto de minerva ao desembargador Rui Ramos, presidente do TRE. Três a três - e o próximo lance é o desempate que, devidamente coberto pela midia, poderia se transformar, para o público eleitor e leitor, num lance mais emocionante que uma decisão, nos penaltis, de uma final de Copa do Mundo entre Brasil e Argentina.  Sim, se nossos editores de política não fossem um pobres coitados sem consciencia do papel social que tem a desempenhar e nossos donos de jornais e televisões não fossem urubus interessados apenas em faturar um punhado de dólares a mais, arrancados sem qualquer pudor dos já tão sacrificados cofres públicos.

É a continuidade ou não do governo Silval que está em discussão no Tribunal Regional Eleitoral e nossa grande imprensa, nossa Assembléia Legislativa, nossas principais lideranças políticas, comandam uma operação abafa para que a maioria da população não atente para este importante e decisivo momento que estamos vivendo, dentro daquela Justiça Eleitoral, recentemente sacudida por uma devassa anti-corrupção promovida pelo Superior Tribunal de Justiça, em inquérito que ficou conhecido como Operação Asafe e resultou no afastamento dos juizes eleitorais Evandro Stábile e Eduardo Jacob. Evandro Stábile era simplesmente o presidente do Tribunal Regional Eleitoral.

É bem Mato Grosso. Tudo se faz para que o povo continua alheio aos processos de decisão que tornam a nossa democracia um processo tão multifacetado. Para os caciques da política, quanto menos o povo intervir nesta ocasiões, melhor. Já pensou se esses processos fossem julgados com uma multidão de cidadãos e eleitores lotando o plenário do TRE, cercando o prédio da Justiça Eleitoral? O governador pode não ser cassado mas a democracia direta se faria mais robusta neste Estado de Mato Grosso

FONTE: PÁGINA DO E

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