domingo, 20 de maio de 2012

Secretário vai depor para prestar esclarecimentos sobre emissão de R$ 636 milhões em cartas de crédito


Da Redação - Renê Dióz
Foto: Reprodução/Divulgação
Secretário vai depor para prestar esclarecimentos sobre emissão de R$ 636 milhões em cartas de crédito
Depois do ex-secretário Eder Moraes, agora é o atual secretário de Estado de Fazenda (Sefaz) Edmilson José dos Santos quem prestará depoimento à Polícia Civil, nesta semana, para esclarecimentos a respeito das emissões de R$ 636 milhões em cartas de crédito investigadas pela Delegacia Fazendária (Defaz) - caso que culminou na operação “Cartas Marcadas” em dezembro do ano passado.

“Não tem problema algum. Nós estamos prontos para esclarecer. O que for da minha competência, tenho plena consciência do que passou pela Secretaria de Fazenda e para o que for possível elucidar e esclarecer estamos prontamente dispostos”, anunciou o secretário na última quarta-feira (16).

O interrogatório do secretário está pré-agendado para esta semana mas ele não soube informar para qual dia – provavelmente quarta ou quinta-feira, afirmou.

O que ficou conhecido como o escândalo das cartas de crédito teve origem num acordo firmado entre o governo do Estado e os agentes de administração fazendária (AAF), que vinham pleiteando na Justiça a isonomia salarial com trabalhadores de outras categorias dentro da Sefaz com o pedido de indenização retroativa.

O governo concordou com o acordo e emitiu o montante devido aos servidores em títulos de crédito, mas a Auditoria-Geral do Estado (AGE) apontou que houve emissão irregular de títulos pois o verdadeiro valor deveria ser na ordem de R$ 142 milhões.

Questionado se tinha conhecimento a respeito da emissão a mais, o secretário repetiu diversas vezes que o processo não data de sua gestão. “Não fez parte da minha gestão a questão das cartas”, enfatizou.

“Não tenho conhecimento - afirmo mais uma vez – do processo todo. Não conheço o processo, só conheço pela imprensa, inclusive. A informação é que foram emitidas algumas outras cartas de crédito referentes ao imposto de renda, alguma coisa nesse sentido, mas pela Secretaria de Administração, consultada através da Procuradoria. Então, na minha gestão, não foi pedida nenhuma emissão”, defendeu-se Edmilson.

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