terça-feira, 27 de setembro de 2011

JOÃO NEGRÃO - Nada justifica a postura dos representantes da UFMT que qualificaram o Toni como um indivíduo de má conduta.O Toni não era um bandido. Ele necessitava de tratamento para poder concluir os estudos e voltar para o seu país.



 Como é difícil não suspeitar que o caso do Toni foi uma expressão pura e cabal de racismo - escreve João Negrão, responsabilidade também a UFMT pelo descaso para com os estudantes africanos radicados em Cuiabá
 Como é difícil não suspeitar que o caso do Toni foi uma expressão pura e cabal de racismo - escreve João Negrão, responsabilidade também a UFMT pelo descaso para com os estudantes africanos radicados em Cuiabá
As duas mortes do Toni
Por João Negrão, especial para o Maria Frô



Quarta-feira, 21 de setembro de 2011, 19 horas, em Jackson, capital do estado da Geórgia, Estados Unidos, Troy Davis, um negro de 42 anos, recebeu a dose letal que o levaria à morte. Condenado por assassinato, Troy Davis deitou-se na maca para receber as injeções repetindo a mesma frase de 22 anos antes, quando foi preso e condenado: “Sou inocente”.

Quinta-feira, 22 de setembro de 2011, por volta das 23 horas, em Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, Brasil, Tony Bernardo da Silva, um negro de 27 anos, africano de Guiné-Bissau, estudante de Economia da Universidade Federal, recebeu um pontapé na traquéia e morreu. O golpe culmina uma sessão de socos e pontapés desferidos por dois policiais e um empresário que duraria em torno... (continuar lendo)

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