O ministro do Turismo, Pedro Novais, está reunido com o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara, para redigir sua carta de demissão do governo. O Palácio do Planalto espera para hoje a saída de Novais.
A situação do ministro ficou insustentável no Planalto e dentro de seu próprio partido depois de duas revelações da Folha: a de que ele pagou com dinheiro público o salário de sua governanta por sete anos e a de que sua mulher usa irregularmente um funcionário da Câmara dos Deputados como motorista particular.
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Alves afirmou que a bancada vai respeitar a decisão de Novais. "Novais é um político maduro que não se deslumbra com ministério", afirmou. Segundo ele, a escolha do substituto será difícil.
Há nove meses, Novais já havia sido acusado de custear as despesas de um motel com dinheiro da Câmara.
Recentemente, sua pasta esteve no centro de investigação policial que prendeu vários servidores e quase toda a cúpula do Ministério.
DILMA
Em evento na manhã de hoje, a presidente Dilma Rousseff afirmou que Novais ainda não deu explicações sobre as denúncias.
Dilma afirmou que "providências" serão tomadas hoje. "Primeiro a gente pede as explicações cabíveis. Eu voltei hoje de São Paulo [ela retornou na noite de ontem a Brasília], vamos encaminhar isso, avaliar qual é a situação e aí tomar as medidas cabíveis de forma muito tranquila", disse a presidente.
A nomeação de Pedro Novais nunca foi vista com entusiasmo por Dilma. A indicação só vingou porque Eduardo Alves, líder influente na bancada, chancelou o nome do aliado.
Caso realmente deixe a pasta, essa será a quarta baixa no ministério de Dilma Rousseff relacionada a suspeitas de irregularidades.
Sérgio Lima - 8.set.11/Folhapress | ||
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