sábado, 15 de setembro de 2012

PROFESSOR EM FINAL DE CARREIRA. Onde está valor do professor? Educação é só prédio aparência?

PROFESSOR EM FINAL DE CARREIRA

Para o professor em final de carreira sobra; estresse, pressão alta, distúrbio emocional, artrose, artrite, fibromialgia, depressão, tendinite, bursite e tantos outros “itens” decorrentes do trabalho. Entretanto  , o difícil mesmo é provar que todos estes problemas foram decorrentes da profissão.
  Depois de lutar, para provar que não tem condições de continuar no trabalho, só lhe resta ir para o chamado ‘ desvio de função,  readaptação. . Vira uma confusão. E o professor segue o seu caminho com a sua saúde totalmente comprometida, além de ter que lidar com crises de depressão, de angustia e desespero, por não conseguir fazer aquilo que sempre sonhou  ministras suas aulas, ver os seus alunos desabrocharem . Para este professor que aprendeu , ensinou, construiu e reconstruiu com o seus alunos é desesperador se deparar com esta situação de “querer e não poder.”

Logo vai passando por vários caminhos da humilhação, quando necessita de um atestado médico de mais de quinze dias tem que fazer a “via sacra” pelos postos de saúde, pegando assinaturas da chamada junta médica., que “junta apenas as assinaturas”.
 Depois de passar por várias fases da humilhação, do auxílio doença vai para o chamado desvio de função: Biblioteca da escola, padaria, contar estoque da merenda escolar, auxiliar do professor regente das creches etc.

Nestes momentos nos sentimos o menor dos profissionais, como se não tivéssemos mais nenhum valor e por falta de opção te jogam em qualquer lugar, sem o menor respeito. 
O professor chora em seu interior, sente o peso da falta de valorização e o descaso com a educação. Mas, continua a sua jornada inglória de entra e sai da sala de aula. Pais reclamam colegas, alunos e todos com razão, pois estas idas e vindas causam transtornos na escola.
O mesmo continua lá, tentado se adaptar e desenvolver o trabalho, mesmo não tendo condições.   O professor neste  momento deveria está cuidando de sua saúde , melhorando a sua qualidade de vida.
 Por que é tão difícil a chamada aposentadoria de um  professor literalmente doente? Com tantos exames, atestados, laudos médicos que comprovam que o mesmo já não tem condições de exercer as suas funções? “Está na fase do CONDOR, com dores para todo lado. A sua carreira profissional acabou,  não progride mais na carreira, o seu salário está praticamente estagnado.
Enquanto isto para essa aposentadoria vem gorda e fácil ( políticos, juízes, apadrinhados de políticos importantes ) Tem casos que basta ferir os princípios básicos legais que recebe de castigo uma gorda aposentadoria. Enquanto   os professores  trabalham  até o último suspiro.
 Onde está valor do professor?
Educação é só prédio aparência? Que política de valorização profissional é está?

 Professora Maria Dalva

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