Conto O reino de Seráfia e a plantação de laranjas

 LITERATURA.

O reino de Seráfia e a plantação de laranjas.

No reino de Seráfia as coisas acontecem muito rápidas. Lá quem entra na dança do quero mais dindinho se dá muito bem. Basta inventar uma nova coreografia, uma nova dança e apresentar nas torneiras certas que elas se abrem como num passe de mágica e como diz o velho ditado: de grão em grão galinha enche a conta,Ops!  De grão em grão galinha enche o papo que papo eim?

 Por lá falam até que o rei não enxerga, ou parece que não quer ver. Não ouve os alertas do povo.


 O buchicho é grande. Dizem até que tem um super. - ministro acumulando dois ou três ministérios e segundo o Jornal Boataria que circula na periferia do reinado, o super ministro está se dando bem também. Dizem que com ele assim: “um pra tu e três pra eu”parece que rola até um plantio de limparia entre outras sementes que já estão dando frutos.  É gente, o campo é fértil mesmo e com um pouco de astúcia o lucro corre solto.

Em Seráfia planta-se de tudo. O rei incentiva a diversificação de produtos. Mas segundo a noticia que saiu no Jornal Boataria desta semana, a produção de laranjas vai de vento em polpa e Seráfia vai receber o troféu do maior produto de laranjas do Reino Unido. Esta produção apesar de ser nova no reino, ganhou forças  e os  maiores produtores são  os conselheiros  do Rei. Dizem por ai, que existe uma variedade de laranjais:  limpezaria, lojarias,  denoiterias,risoterias,preidarias, construtorias, fazendárias, chacrarias lojarias, mercadarias,boizarias , carrarias entre outras tantas sementes especiais que são plantadas segundo o Boataria,até fora do reinado.

Enquanto crescem os laranjais povo no entorno do castelo real só paga tributos e mais tributos. Uns reclamam, outros nem aí pra coisa.

  O povo mais politizado do reino se pergunta: Será que isto um dia muda?   Alguém imediatamente responde: Eu não sei! Só sei que nada sei... e  que só tempo dirá.

 Quer saber mais sobre Seráfia?    Leia o Boataria da próxima semana.

Maria Dalva.
 obs: Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência...