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quarta-feira, 7 de abril de 2010
Assessores de Bezerra e “aloprado” presos pela Polícia Federal
Além de Mato Grosso, a Operação Hygea ocorre simultaneamento nos estados de Rondônia, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal. Ao todo são 76 mandados de busca e apreensão e 35 mandados de prisão temporária.
Três assessores diretos do deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) foram presos nesta quarta-feira pela Polícia Federal em Mato Grosso. São eles: Carlos Miranda, tesoureiro do PMDB, e Jose Luís Bezerra, sobrinho do deputado federal. O terceiro assessor é Rafael Bastos, secretário-geral do PMDB. Também foi preso Valdebran Padilha, que teria ligações com o deputado federal Carlos Abicalil, do Partido dos Trabalhadores. Padilha integra o núcleo denominado de “aloprados” do PT, que tentaram comprar um dossiê contra candidatos tucanos para serem usados na campanha eleitoral.
Ao todo, 26 pessoas tiveram prisão temporária decretadas em Mato Grosso por serem suspeitos de integrarem uma quadrilha que atuava no esquema de estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação, dentre outros, praticados em detrimento de Órgãos Públicos Federais e Municípios do interior do Estado. Calcula-se que tenham sido desviados mais de R$ 51 milhões em fraudes.
Os assessores estão sendo ouvidos neste momento na sede da Superintendência da Polícia Federal. Eles estão acompanhados por advogados, que preferem aguardar o final dos depoimentos para dar maiores informações. Todos, no entanto, negaram que haja envolvimento de seus clientes.
“Ele vinha operando, mesmo depois de tudo que aconteceu” – disse uma fonte ligada ao PT. Padilha foi preso em 2008 junto com o advogado Gedimar Passos. Eles foram detidos de posse de US$ 248 mil e R$ 1,1 milhão tentando comprar o dossiê que supostamente incriminava os tucanos. Gedimar Passos é agente da Polícia Federal aposentado e trabalhava na campanha à reeleição de Lula, já Valdebran Padilha é ex-filiado ao PT. Padilha também foi coordenador financeiro da campanha de Alexandre César a prefeito de Cuiabá em 2004.
As investigações identificaram a existência de três núcleos criminosos distintos e independentes - hierarquicamente estruturados - voltados ao desvio e apropriação de recursos públicos federais, que se comunicam através de um núcleo empresarial comum, beneficiado direta e indiretamente dos recursos financeiros produzidos com a prática dos delitos.
Além de Mato Grosso, a Operação Hygea ocorre simultaneamento nos estados de Rondônia, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal. Ao todo são 76 mandados de busca e apreensão e 35 mandados de prisão temporária.
fonte:24 HorasNews
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