domingo, 11 de abril de 2010

DIVERGÊNCIA |

Percival perdeu na votação e PPS não está liberado, contrapõe Ivan.

O vice-presidente da Executiva estadual do PPS, vereador Ivan Evangelista, chama o deputado estadual Percival Muniz, presidente regional, de mentiroso e ameaça denunciá-lo por infidelidade partidária. Segundo o vereador, as declarações feitas por Percival, de que o diretório regional tem liberdade para negociar o apoio à candidatura ao governo do empresário Mauro Mendes, não condizem com a decisão tomada em Brasília, nesta sexta (10), quando as executivas estaduais e nacional formataram a resolução do partido. Ivan garante que, entre as regras para as eleições deste ano, há a determinação de que a legenda suba no palanque de José Serra (PSDB), pré-candidato tucano à presidência da República. Com isso, em Mato Grosso o PPS estaria obrigado a apoiar o tucanato, do pré-candidato ao governo Wilson Santos, ex-prefeito de Cuiabá.

A declaração de Ivan expõe as divergências internas no PPS. De um lado Percival afirma que a resolução partidária não restringe, em âmbito regional, a aliança com Mendes. “No nosso caso, já comunicamos nossa preferência e indicamos, inclusive, a data da reunião deliberativa no Estado”, disse - leia mais aqui. Na outra ponta, Ivan sustenta que o deputado desrespeita o PPS ao ignorar as regras. “Dizer que a nacional aprovou a aliança com Mauro Mendes é uma conversa fiada. Ele perdeu na votação e não está liberado a fazer o que bem entender. E mais, não me lembro de nenhum voto a favor dele”, reclamou Ivan para, em seguida avisar: “Se ele continuar com esse papinho, eu mesmo vou denunciá-lo por infidelidade partidária”.

O vice-presidente da legenda aproveitou para criticar a caravana Mato Grosso Muito Mais, que reúne lideranças do PSB, PDT, PV, PPS e PRTB em visitas ao interior. “Esta gracinha que o Percival armou com Mauro Mendes tem que acabar. O presidente Percival não está respeitando o seu partido”, reclamou. O final do celeuma deve ficar mesmo para a convenção do PPS, que deve ocorrer entre 10 e 30 de junho. Se não houver acordo, restará à executiva nacional intervir no diretório de Mato Grosso.

fonte rdnws

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