quinta-feira, 15 de abril de 2010

LÍDER DO PREFEITO NA CÂMARA MUNICIPAL DIZ QUE FAMÍLIAS TÊM QUE TOMAR VERGONHA NA CARA.

Nesta segunda – feira 12/04, eu estava acompanhando a Sessão legislativa de Lucas do Rio Verde, pela Rádio Atitude e observei que o Vereador Aloísio Bassani, líder do prefeito na Câmara, foi muito duro e preconceituoso, quando se pronunciou sobre a questão do consumo de drogas pelos menores de nossa cidade.

Enquanto o vereador Pedro Goes, pedia uma audiência pública para debater o grave problema, e pedia mais investimentos do poder público neste sentido. O líder do prefeito preferiu atacar as famílias que enfrentam este problema, dizendo que elas precisam tomar vergonha na cara e cuidar dos filhos. Fez referências à bolsa família, como se algumas famílias vivessem só deste programa assistencialista. O que em minha opinião, não é possível, pois a bolsa escola, que é um programa do governo federal, mais parece uma bolsa esmola. Depois ele tentou remendar o estrago,dizendo que é uma minoria que não cuida dos filhos.

Não se pode jogar a culpa deste grave problema nas costas das famílias. Pois existem diferentes fatores sociais que interferem na vida familiar, principalmente dos menos favorecidos. Se os pais deixam seus filhos sozinhos é por que são obrigados. Precisam trabalhar para trazer o sustento a familiar.Tem tantos problemas! Famílias que enfrentam o problema do alcoolismo, a situação financeira muito precária, a falta de formação educacional, não tem nenhuma estrutura espiritual, falta amor, afeto, diálogo na família. E muitas mães e pais já vêm de lares desfeitos, sem amor, sem esperança e projeta tudo isto nos filhos. Pois o ser humano, só pode dar o que tem.

Enfim, não podemos transferir responsabilidades. Temos que unir forças e achar uma solução para ajudar estas crianças , adolescentes e também as famílias que não sabem mais o que fazer com os filhos que estão nas drogas.

Em minha opinião, o vereador foi infeliz no inicio do seu pronunciamento, pois realmente esta fala casou um choque para quem estava ouvindo.
escrito por Maria Dalva.

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