PT não elege Saguás a federal, diz analista

ELEIÇÃO | 05/04/2010 - 16:17
Com Abicalil ao Senado, PT não elege Saguás a federal, diz analista
Andréa Haddad
A eventual candidatura de Carlos Abicalil (PT) ao Senado deixará os petistas sem uma cadeira na Câmara Federal. A avaliação é do analista político Alfredo da Mota Menezes. Mais votado em 2006, com 128 mil votos, o deputado federal Abicalil trava uma disputa interna com a senadora Serys Marly pela indicação do partido à senatória. Se ele vencer, a candidatura a deputado federal será encampada por Saguás Moraes, ex-secretário de Educação e deputado estadual licenciado. “O Saguás vai para o meio das feras com um PT dividido”, alerta Alfredo.

Ele argumenta que o PT estará na mesma coligação do PMDB e PR, dos deputados federais e pré-candidatos à reeleição Carlos Bezerra (PMDB), Wellington Fagundes e Homero Pereira, ambos do PR. Nesse cenário, Saguás não teria chances e os petistas ficariam sem a cadeira de titular, que poderia ser facilmente reconquistada por Abicalil. “Bezerra está praticamente reeleito. Wellington e Homero também são fortíssimos. Só o Abicalil tem condições de entrar nessa disputa”, acredita.

Alfredo descarta a possibilidade de Serys concorrer à Câmara Federal. A petista espalhou "aos quatro ventos" que não vai disputar cargo eletivo se perder a prévia interna para Abicalil.

Trabalhando apenas a atual conjectura, o cientista político não inclui o PP no grupo do PR, PMDB e PT, pois os progressistas continuam “em cima do muro” e, em âmbito nacional, sinalizam para a possibilidade de compor com o PSDB, do pré-candidato José Serra. Contudo, caso a cúpula do PP decida apoiar o governador Silval Barbosa (PMDB) à sucessão estadual, a situação de Saguás ficaria ainda mais complicada. Além de Wellington, Homero e Bezerra, concorreriam pelo “chapão” os também Pedro Henry e Eliene Lima, candidatos à reeleição, o ex-secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Chico Daltro, e o empresário da Comunicação, Roberto Dorner, todos do PP. “Hoje o partido tem a chapa mais forte nas proporcionais, por isso todas as legendas brigam pelo apoio do PP”, reforça Alfredo.
fonte. RDNWS