sábado, 3 de dezembro de 2011

Olhar e não olhares


Pesquei a imagem deste post na internet e simplesmente reproduzi a reportagem que estava no Com Texto Livre para ela.

O que correu pela net, após sua divulgação, principalmente foca os olhos cobertos dos 'ditos' juízes: vergonha? Ou quem sabe: "que que estou fazendo aqui?" - que foram o foco de diversos comentários em muitos blogs.

O que gostaria de chamar a atenção não é para os 'não olhares' dos militares, mas sim para o olhar decidido desta que, após mais de 20 dias de tortura, enfrentava com determinação o seu calvário.

Não se vê neles medo, senão uma firme determinação ancorada em certezas que certamente não poderia discorrer naquele momento.

É um olhar firme, corajoso, daquela que não reconhecia erros em sua luta, nem medo das possíveis punições que lhe poderiam advir.

É um olhar de luta, embasada no mais íntimo do seu ser, da justeza e da necessidade de sua luta e a de muitos e muitos outros de quem hoje não mais temos contato.

É um olhar que antes de mais nada, julga seus algozes, assim como a Comissão da Verdade deverá julgar aqueles que, por trás de uma farda e de um golpe de estado, se achavam no direito de dizer o que era certo e o que era errado. O que podia e o que não se podia dizer, pensar, falar, agir!

É este olhar determinado, Presidenta Dilma, que os brasileiros começam a admirar.

Lembra nosso 'eterno' comandante: "Hay que endurecer pero sin perder la ternura, jamás"! (El Che)

Luiz Settineri - SAROBA [Editor do Terra Brasilis]
Fonte; Terra Brasilis

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