Paulo Costa Lima, Terra Magazine
“Não é hora de dividir. O mundo se reparte em crises, mas nós temos conseguido crescer.
Qualquer um que tenha vivido a década de 80, de paradeiro total e inflação de até 80% num mês, fica pasmo diante dessa situação de agora, de nossa imunidade.
Pois bem, saímos da década de 80, e da ditadura que até ela se estendeu - construímos um caminho político com democracia e eleição dos líderes.
Ninguém agüenta mais essa idéia retrógrada de base aliada cobrando cargos e ministérios de porteira fechada, sem a vigilância da presidência, como teve o desplante de falar um nobre deputado há poucos dias.
O recado vale para toda a base aliada. Especialmente os que aceitarem a carapuça e a fama de fisiológicos e oportunistas. Vocês fizeram um pacto de governança, aderiram a princípios que devem nortear o bem do coletivo. Portanto, parem de provocar a nossa inteligência...
Mas o recado vale também para o próprio partido líder, que apesar de nesse tempo de agora poder liderar a narrativa da emancipação e da superação - apesar dessa sorte e dessa nobreza, às vezes se divide internamente, e vez por outra esquece que foram muitas mãos que construíram o caminho até aqui...
E você, caro leitor, saiba que não sou filiado a qualquer partido político. Acho a participação em partidos saudável, e creio que a população devia entrar maciçamente em todos os partidos, para vigiá-los, para guiar as decisões...
Os partidos produzem discursos de análise e de alternativas - expõem trajetórias e símbolos daquilo que podemos abraçar ou deixar de lado.
Neste momento nós elegemos uma presidente, e ela tem se esforçado para desempenhar o seu papel de forma exemplar. Precisamos reagir à altura, e defendê-la... Esse é um ativo que ela conquistou.
Fiquemos atentos portanto - e chega de votar em quem não sabe manter seus compromissos de fidelidade ao bem coletivo, e trata a política como máquina de levar vantagem.”
Imagem: Dilma em sessão no Senado (foto: Roberto Stuckert Filho/PR/Divulgação).
Fonte: Brasil Brasil
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