Gabriel Bonis, CartaCapital
“O PT chega enfraquecido às eleições em São Paulo após a fracassada aproximação com o PSD e o elevado número de candidatos da base do governo federal à prefeitura da cidade. O cenário deverá reduzir o arco de alianças em torno de Fernando Haddad e, consequentemente, afastar o candidato petista dos eleitores que não costumam votar no partido.
A análise é de Marco Antonio Carvalho Teixeira, doutor em Ciências Sociais e especialista em eleições. Em entrevista a CartaCapital, ele disse ver na escolha de Haddad uma tentativa de atrair um amplo leque de partidos à coligação, incluindo siglas de centro e esquerda. Sem o PSD e com aliados ensaiando candidatura própria ou aproximação com o PSDB de José Serra, o PT entraria no páreo com tempo menor no horário eleitoral gratuito e o diálogo restrito ao seu eleitorado fiel.
Oficialmente, o comando do PT diz não haver “isolamento”, já que mantém negociações com todos 0s partidos da base governista, pensando inclusive no segundo turno da disputa em São Paulo. “Seria um erro tentar impor a retirada de uma candidatura”, disse Edinho Silva, presidente estadual do partido, em entrecista recente a CartaCapital.
Mesmo assim, com tantos nomes na disputa e a sete meses das eleições, Haddad ainda figura como lanterna nas pesquisas de intenção de voto – aparece com 3% no último Datafolha. Apesar do resultado, o professor da Fundação Getúlio Vargas diz acreditar que o petista irá ao segundo turno. Isso porque terá do seu lado o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da presidenta Dilma Rousseff e da senadora Marta Suplicy.
Por outro lado, o analista considera a aproximação com o PSD “um desastre” para a imagem do partido, que se opunha ao governo do prefeito Gilberto Kassab, e enxerga uma aliança com o PSB, hoje, como improvável. “Apesar da vontade da direção nacional do partido em se aliar ao PT, a legenda socialista deve ficar com o PSDB, porque integra os governos estadual e municipal.”
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Fonte: Brasil Brasil
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