segunda-feira, 19 de março de 2012

Relatório do CNJ aponta para duplicidade de cargos e pagamentos indevidos a alguns magistrados no TJMT

Da Redação - Julia Munhoz

Foto: ReproduçãoRelatório do CNJ aponta para duplicidade de cargos e pagamentos indevidos a alguns magistrados no TJMT
Relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta que no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) há duplicidade de cargos, que alguns magistrados receberam vantagens indevidas e ainda constatou o total 'descuido' com as declarações de bens de juízes e desembargadores. A inspeção foi realizada em 2010, mas a avaliação final da ministra corregedora, Eliana Calmon, divulgada em fevereiro deste ano.

Conforme o relatório do CNJ, foi constatado que na estrutura administrativa do Tribunal de Mato Grosso há uma estrutura aparentemente redundante para administrar a vida funcional dos servidores e magistrados. Prova disso seria que a Coordenadoria de Magistrados, vinculada à presidência, possui assessoria, departamento de cadastro e de folha de pagamento, que administra os balancetes dos magistrados.

Por outro lado, a Coordenadoria de Recursos Humanos, ligada à vice-diretoria, possui assessoria, departamento de RH e de pagamento de pessoal, para administrar os recursos aos servidores.

“É possível concluir a repetição de funções idênticas em diversas unidades da entidade, implicando na falta de padronização e procedimentos relacionados à gestão de pessoas”, consta no documento.

Quanto à declaração anual de bens dos magistrados, o CNJ apontou que o Judiciário mato-grossense não exigia entrega anual das declarações, não mantinha qualquer controle quanto às entregas pontuais e não aplicava nenhuma penalidade aos juízes e desembargadores que não cumprem a determinação, que entra em desacordo com a Lei de Improbidade Administrativa.

Ainda no que tange à estrutura administrativa do TJMT, foi constatado durante a inspeção, realizada entre 13 e 17 de dezembro de 2010, que alguns magistrados recebem vantagens não previstas pela Loman (Lei Orgânica da Magistratura), com aparente inobservância à Resolução 13/2006, do próprio CNJ. 
Fonte Olhar Direto

Mesmo diante do Artigo 65 da Loman, quanto à fixação de vantagens e benefícios aos magistrados, a ministra Eliana Calmon, corregedora Nacional de Justiça, ressalta que foi possível que há sim no TJMT magistrados recebendo, em holerite, vantagens aparentemente indevidas.

Além das constatações, a ministra encaminhou algumas determinações que devem ser cumpridas tão logo o presidente do TJMT, desembargador Rubens de Oliveira, e o corregedor geral, desembargador Marcio Vidal, sejam oficiados.

Outro Lado

Por meio da assessoria, o presidente do TJ confirmou ter recebido o relatório com as determinações e sugestões do CNJ e que o Pleno irá tomar todas as medidas cabíveis, de forma a propiciar o funcionamento de uma Justiça cada vez mais célere e efetiva.

Atualizada às 17h56

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