26/03/2010 - 17:37
Servidores invadem novamente o Palácio Paiáguas (Atualizada)
Reportagem Local - Kelly Martins e Jardel Arruda/Da Redação-Julia Munhoz
Foto: Jardel Arruda
Mais de 200 servidores da área instrumental do Governo do Estado invadiram novamente na tarde desta sexta-feira (26) o pátio do Palácio Paiaguás. Com nariz de palhaço e apitos, eles, em vão, gritaram para reivindicar a presença do governador Blairo Maggi (PR), ao som de “Vergonha! Vergonha! Governo sem vergonha” e outros versos tão amistosos quanto.
Um grupo da Força Tática da Polícia Militar, formado por pelo menos dez viaturas acompanhou a manifestação, no entanto, não entrou em ação. Mesmo assim, os manifestantes não pouparam críticas ao governador pela convocação da força policial.
"Por que esses policiais não estão nas ruas prendendo bandidos?", questionou um manifestante usando um microfone. "Por que, 'seu' governador, você não chamou uma ambulância também, para nos prestar auxílio caso necessário?", continuou. "O governador é um covarde!", completou.
De acordo com o presidente do sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig), Edmundo César Leite, a classe não aceitou a proposta de reestruturação salarial apresentada pelo governo.
Os servidores cobram o encaminhamento à Assembleia Legislativa (AL) de um projeto prevendo o realinhamento salarial da classe. Além do reajuste, eles querem a flexibilização para subir de classe.
Edmundo informou ainda que o secretário estadual de Educação, Ságuas Moraes, interveio na negociação para que caso fosse feito o remanejamento para os servidores da área instrumental os funcionários da também teriam que ser beneficiados.
Outro lado
O secretário de Fazenda, Éder Moraes, foi o primeiro a atender à imprensa que estava no local. Entretanto, fez questão de esclarecer que iria falar sobre o assunto pela expectativa de que, na próxima semana, vá assumir a Casa Civil e entende que a pasta tem por objetivo essa intermediação.
Ele ressalta que, no ano de 2008, o Governo fez um acordo com a classe prevendo reajuste salarial de 30%, além da reposição inflacionária e mais 6% de ganho real, valendo até dezembro de 2010. “Os 10% de aumento deste ano será concedido no mês de maio. Então o governo está fazendo a sua parte. O nosso governo é de diálogo. O que está havendo é um rompimento de acordo com os servidores que fazem a greve. Os que estão na ilegalidade são os que assinaram este acordo no passado”, destacou o secretário afirmando ainda que vai aguardar a manifestação da Justiça sobre a legalidade da greve.
Eder Moraes classificou se tratar de uma manifestação política, em que servidores tentam garantir direitos em um ano eleitoral e de final de mandato. “Não dá para avançar sobre essas questões por uma questão legal. Seria uma irresponsabilidade conceder vantagens nesse momento.
Em entrevista ao Olhar Direto, o secretário de Administração, Geraldo De Vitto, contestou as informações repassadas pelo sindicalista quanto a expectativa de acordo. “Em nenhum momento foi dado carta branca nesse aspecto e não tem possibilidade de acordo. Se beneficiarmos eles, teremos que fazer o mesmo com os outros e não há espaço”, pontuou.
Além disso, negou que o secretário de Educação, Ságuas Moraes, teria ligado para ele e cobrado o mesmo remanejamento para os servidores do setor. "Tudo que se ouve é especulações. Essa fato não ocorreu", finalizou.
fonte: Olhar Direto.
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