M 18 DE AGOSTO DE 2012 AS 11H36
Encontro promovido pelas emissoras de rádio Atitude e Regional teve momentos de tensão.Fonte: ExpressoMT / Celso Ferreira Nery
Crédito: ExpressoMT
Com alguns momentos de tensão, motivados por colocações entre os debatedores, foi realizado a pouco, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional Lucas do Rio Verde, o primeiro debate entre os dois postulantes ao cargo de prefeito do município. A promoção do encontro político foi das emissoras de rádio Atitude AM e Regional FM e reuniu frente a frente Otaviano Pivetta (PDT) e Rogério Ferrarin (PMDB). Foi o primeiro de uma série de seis encontros que ambos terão até o dia 7 de outubro, quando um deles será eleito prefeito de Lucas do Rio Verde.
Conforme acordado entre as coligações, o debate foi dividido em dois blocos, sendo o primeiro com perguntas elaboradas pelos jornalistas das emissoras e feitas pelo mediador Otávio Venturelli aos dois candidatos, abordando cinco temas comuns: educação, saúde, segurança, infraestrutura e economia. As mesmas perguntas foram direcionadas aos dois candidatos. Esse primeiro bloco durou uma hora e revelou o primeiro momento de tensão, quando uma das coligações pediu direito de resposta, sendo acatado pela coordenação do debate. Nem mesmo o abraço entre os dois candidatos amenizou o tom das perguntas e um segundo pedido de direito de resposta foi formulado.
Nesse primeiro bloco, os candidatos reafirmaram propostas defendidas em outras ocasiões. Em segurança pública, por exemplo, Otaviano Pivetta disse que pretende utilizar melhor os espaços públicos envolvendo jovens, crianças e adultos na prática de esporte. O pedetista assegurou a contratação de monitores para orientar sobre a prática, destacou a importância de reforçar a Guarda Municipal ampliando sua atuação junto a comunidade luverdense e a pretensão de adequar o sistema de videomonitoramento que o município está implantando.
Já o candidato Rogério Ferrarin criticou o sistema de saúde, propondo investimentos na contratação e qualificação dos profissionais, a criação de Unidades de Pronto Atendimento e a implantação de um hospital municipal. O peemedebista ainda destacou a necessidade de contratações de profissionais em especialidades, uma vez que pacientes, entre eles gestantes, seriam, segundo disse, obrigados a buscar atendimento fora do município.
Já na segunda parte do debate, o mediador sugeriu o tema e os candidatos puderam fazer perguntas entre si. Os mesmos temas abordados no primeiro bloco foram a base de perguntas e respostas no segundo.
Ferrarin perguntou a Pivetta sobre propostas para as cooperativas. O candidato do PDT garantiu que pretende fortalecer esse setor, enumerando diversas ações empreendidas em sua vida pública e que garantiram a vinda de investimentos e empresas de grande porte, como a BRFoods, antiga Sadia. Segundo Pivetta, desde que mudou para Lucas buscou fortalecer esse tipo de iniciativa que busca fortalecer e atender a coletividade.
Nesse bloco, Pivetta não pode concluir sua pergunta sobre educação, quando questionava Ferrarin sobre investimentos no setor, lembrando que as escolas municipais conseguiram avanço na avaliação do IDEB enquanto as estaduais recuaram, segundo avaliação divulgada. Em sua resposta, o candidato do PMDB anunciou que pretende ampliar os recursos na área, melhorando o funcionamento das creches, implantando uma gestão democrática. Ferrarin disse que professores estão deixando suas funções e que pretende valorizar os profissionais de carreira.
Ao final do debate, os candidatos elogiaram a iniciativa da mídia e opinaram que os debates ajudam na apresentação de suas propostas junto ao eleitorado.
“Saímos muito felizes do debate, apresentamos nossas propostas, o que nós queremos pra Lucas, e o que nós queremos pra Lucas é o melhor pra sociedade de Lucas, Lucas igual pra todos”, sinalizou o candidato do PMDB.
“Eu me senti bem em poder para a sociedade luverdense, das ideias, de um pouco do que nós fizemos, do que pretendemos fazer. Da minha parte queria que tivéssemos todos os debates pra que pudéssemos nos comunicar com a sociedade”, opina o candidato do PDT.
A emissora avaliou positivamente o debate, citando que o ouvinte teve a oportunidade de conhecer as propostas dos candidatos, antes mesmo do início da propaganda de rádio e TV. Jota Ribeiro, diretor das duas emissoras, comentou que o objetivo foi alcançado e projeta um novo encontro já no dia 22 de setembro. “Acredito que o formato, a espinha dorsal para um debate no rádio é o mais aceitável possível, já que não temos recursos de imagens e caracteres, como as TVs podem explorar. Se houver mudanças (para o segundo debate) é relacionado a temas, mas o andamento do debate, a forma de condução do mediador, do direito de resposta, vamos procurar manter”, avalia o diretor, acreditando que as coordenações das coligações saíram satisfeitas ao final do encontro.
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