quarta-feira, 27 de junho de 2012

Polícia Em audiência, jovem confirma que assou garota em pizzaria e foi dormir


27/06/2012 - 05h38   
Da Redação

“Deu vontade de matar”. Essas foram as palavras de Weber Melquis Venande de Oliveira, 22 anos, réu confesso do assassinato de Katsue Estefane dos Santos Vieira, 25 anos, durante seu depoimento em audiência de instrução de julgamento, realizada ontem (26) no Fórum de Cuiabá.
O acusado disse que não sabe o motivo que o levou a cometer o crime, mas que só lembrava de ter pegado uma faca e desferido alguns golpes contra a jovem.
Segundo o promotor de Justiça, Antônio Sérgio Piedade, ficou claro que a estratégia da defesa de Weber será tentar provar que o réu tem insanidade mental. Com isso, ele se tornaria imputável e não poderia ser submetido a júri popular. Segundo o promotor, somente o laudo psiquiátrico poderá comprovar se o acusado tem ou não problemas mentais. “Aparentemente ele parece ser muito lúcido”, disse.
A juíza, Maria Aparecida Ferreira Fago, é quem deverá solicitar o exame de sanidade mental, a ser feito por um profissional psiquiátrico
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O crime aconteceu no dia 2 de fevereiro, quando a jovem foi esfaqueada com três golpes no pescoço e teve seu corpo jogado dentro do forno da pizzaria de propriedade do pai de Weber Melquis. Restaram apenas as cinzas do corpo e parte do crânio da garota.
Em seu depoimento, Weber Melquis disse que é usuário de drogas e desde os 16 anos de idade usa cocaína. Na noite do crime, ele saiu da pizzaria e foi se encontrar com alguns amigos para se drogar. Depois de passar por vários bares, decidiu parar em uma boate próxima à Rodoviária de Cuiabá, onde se encontrou com Katsue Estefane e outros amigos dela.
Segundo o acusado, as garotas da boate começaram a discutir e ele resolveu sair para comprar mais cerveja. Voltou logo depois, mas resolveu sair novamente para comprar drogas.
Nesse momento, conforme o réu, Katsue Estefane se ofereceu para ir com ele. Os dois passariam na pizzaria para pegar dinheiro para comprar a droga.

Eles entraram e ele resolveu usar cocaína, ela ficou só olhando. Ele disse que conheceu a vítima naquele dia.
Segundo ele, depois de esfaqueá- la, achou que estivesse morta e por isso jogou seu corpo no forno. Depois ele colocou lenha no forno, jogou água no chão e foi embora. “Fiquei apavorado com o que fiz, saí de lá igual louco e fui embora. Cheguei em casa, tomei banho e fui dormir”.

Restos mortais

A mãe de Katsue Estefane dos Santos , Maria Eunice Pereira dos Santos, disse que o corpo da filha continua no Instituto Médico Legal (IML) e que ela ainda não conseguiu a expedição da certidão de óbito para liberação dos restos mortais e fazer o funeral da filha. O alvará para liberação só foi emitido ontem (26) após a confecção dos laudos periciais, que comprovaram ser da vítima a ossada encontrada no forno.
Com esse documento, a mãe deve entrar ainda com pedido na Defensoria Pública para liberar o atestado.
A mãe diz que está passando por momento muito difícil financeiramente e que não tem condições de pagar o funeral da filha. “Minha vida acabou. Ela era minha única filha mulher. Não consigo entender por que ele fez isso com ela, que era uma pessoa alegre e gostava de viver”, acrescentando que a Katsue trabalhava para sustentar a filha de 5 anos, que hoje está morando com ela.
Ela diz que não acredita na hipótese de insanidade do acusado e que o réu só matou sua filha porque ela se recusou a fazer alguma coisa que ele queria. “Ele sabia muito bem o que estava fazendo naquele dia e agora vem querer dar um de louco”.
Segundo a mãe, uma amiga de sua filha, que estava com ela na boate no dia do assassinato, contou que o rapaz chegou ao local e pediu para chamar Katsue. “Foi ele quem pediu para sair com minha filha”

Fonte: O documento
 

 

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