Chancelaria paraguaia afirma que medida não tem base jurídica
O parlamentar paraguaio Ignacio Mendoza Uzain, vice-presidente do Parlasul, foi impedido de entrar à Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que começa nesta quinta-feira (28/06) em Mendoza, no oeste da Argentina. O encontro ocorre juntamente com a reunião de chefe de Estado da Unasul (União de Nações Sul-americanas).
Membro da Unace (União Nacional dos Cidadãos Éticos), partido do ex-general Lino Oviedo, acusado de tramar um golpe de Estado em 1996, Ignacio defendeu a constitucionalidade do processo de destituição de Lugo “O impeachment foi feito de acordo com a Constituição paraguaia, ainda que com alguns erros e imperfeições”.
Ignacio também afirmou que o Congresso paraguaio rejeita a entrada da Venezuela no Mercosul por questões relativas a “direitos humanos, liberdade de imprensa e liberdade de expressão” . Ao mesmo tempo, qualificou como “normal” a demissão do diretor da TV Pública do Paraguai. “É natural que um presidente demita um diretor que é da oposição”, defendeu.
Membro da Unace (União Nacional dos Cidadãos Éticos), partido do ex-general Lino Oviedo, acusado de tramar um golpe de Estado em 1996, Ignacio defendeu a constitucionalidade do processo de destituição de Lugo “O impeachment foi feito de acordo com a Constituição paraguaia, ainda que com alguns erros e imperfeições”.
Ignacio também afirmou que o Congresso paraguaio rejeita a entrada da Venezuela no Mercosul por questões relativas a “direitos humanos, liberdade de imprensa e liberdade de expressão” . Ao mesmo tempo, qualificou como “normal” a demissão do diretor da TV Pública do Paraguai. “É natural que um presidente demita um diretor que é da oposição”, defendeu.
Nota
Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores do Paraguai afirmou que “não aceita” a decisão da Unasul de excluí-lo de da cúpula em Mendoza. Para o governo, a decisão “foi tomada sem base jurídica alguma”, informou nesta quinta-feira o Ministério das Relações Exteriores do país.
Em comunicado, a Chancelaria criticou o fato de a decisão ter "sido adotada sem observar as disposições do Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-americanas”, em virtude do qual a convocação "só pode ser realizada através da Presidência temporária", que atualmente é exercida pelo próprio Paraguai.
“A Presidência pró tempore deve preparar e presidir tais reuniões", mas "foi desconhecida", de modo que a reunião de Mendoza, realizada em conjunto com uma cúpula do Mercosul que também excluiu o Paraguai, “foi convocada por um procedimento não previsto nem autorizado no Tratado” da Unasul, segundo a nota oficial.
A Chancelaria lamentou que os chefes de Estado e governo da Unasul pretendam debater a crise no Paraguai “sem dar oportunidade ao governo paraguaio de dar sua versão sobre os últimos eventos”, uma semana depois da missão de ministros do bloco que foi a Assunção.
A exclusão da cúpula “não respeita a soberania do Paraguai, desqualifica – indevidamente e sem competência para fazê-lo – o funcionamento de suas instituições democráticas, e desatende a decisão declarada de construir” um espaço de integração sul-americana, acrescenta o texto.
O Ministério das Relações Exteriores do Paraguai citou a falta de base jurídica para a decisão da Unasul, alegando que “não existe norma vigente que autorize a excluir um Estado membro, nem seus representantes” das reuniões do bloco.
“Pelo contrário, no artigo 2 do Tratado Constitutivo se indica claramente que a Unasul tem como objetivo construir, de maneira participativa e pactuada, um espaço de integração e união entre os Estados” membros, mencionou.
A Chancelaria criticou também que seus parceiros da Unasul invoquem, para excluir o Paraguai da reunião de Mendoza, um protocolo sobre compromisso com a democracia que “não está vigente” para os países membros da organização, pois não soma suficientes ratificações.
Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores do Paraguai afirmou que “não aceita” a decisão da Unasul de excluí-lo de da cúpula em Mendoza. Para o governo, a decisão “foi tomada sem base jurídica alguma”, informou nesta quinta-feira o Ministério das Relações Exteriores do país.
Em comunicado, a Chancelaria criticou o fato de a decisão ter "sido adotada sem observar as disposições do Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-americanas”, em virtude do qual a convocação "só pode ser realizada através da Presidência temporária", que atualmente é exercida pelo próprio Paraguai.
“A Presidência pró tempore deve preparar e presidir tais reuniões", mas "foi desconhecida", de modo que a reunião de Mendoza, realizada em conjunto com uma cúpula do Mercosul que também excluiu o Paraguai, “foi convocada por um procedimento não previsto nem autorizado no Tratado” da Unasul, segundo a nota oficial.
A Chancelaria lamentou que os chefes de Estado e governo da Unasul pretendam debater a crise no Paraguai “sem dar oportunidade ao governo paraguaio de dar sua versão sobre os últimos eventos”, uma semana depois da missão de ministros do bloco que foi a Assunção.
A exclusão da cúpula “não respeita a soberania do Paraguai, desqualifica – indevidamente e sem competência para fazê-lo – o funcionamento de suas instituições democráticas, e desatende a decisão declarada de construir” um espaço de integração sul-americana, acrescenta o texto.
O Ministério das Relações Exteriores do Paraguai citou a falta de base jurídica para a decisão da Unasul, alegando que “não existe norma vigente que autorize a excluir um Estado membro, nem seus representantes” das reuniões do bloco.
“Pelo contrário, no artigo 2 do Tratado Constitutivo se indica claramente que a Unasul tem como objetivo construir, de maneira participativa e pactuada, um espaço de integração e união entre os Estados” membros, mencionou.
A Chancelaria criticou também que seus parceiros da Unasul invoquem, para excluir o Paraguai da reunião de Mendoza, um protocolo sobre compromisso com a democracia que “não está vigente” para os países membros da organização, pois não soma suficientes ratificações.
Fonte: Terra Brasilis
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