Da Redação - Pollyana Araújo
O advogado Euclides Ribeiro Junior, especialista na área de recuperação judicial, em carta à Assembleia Legislativa, avaliou que não cabe aos deputados tentar “coibir” o Poder Judiciário, tão menos questionar a atitude da Polícia Federal e os custos das operações desencadeadas. Para ele, esse tipo de discussão, feita na semana passada pela AL, contribui para o retrocesso social e, por isso, pede cautela aos políticos.
Reafirmando que o questionamento acerca da “idoneidade” da PF pode representar um atraso para o desenvolvimento do Estado, Euclides acredita que ao politizar o caso ao criticar o juiz Julier, os parlamentares incorrem no mesmo erro que estão atribuindo ao Judiciário. “Se vocês políticos alegam que o juiz quer usurpar seu poder, ao politizar o Judiciário também o enfraquecem”.
O advogado pediu que os parlamentares, que, de fato estiverem preocupados com o futuro do Estado, não ajam desta forma, pois, segundo ele, a sociedade sabe que o juiz tem a função de julgar, o promotor de acusar e o advogado de defender. Desse modo, enfatiza que os políticos estão agindo em desacordo com a atribuição conferida pela população. “A sociedade merece um debate de alto nível, no qual ataques institucionais não pode ser mote para captação de votos”, disse, ao completar que “o poder emana do povo”.
Além da discussão sobre o custo das operações, 17 autoridades políticas já ingressaram com representação junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público Federal (CNMP) contra o juiz federal Julier Sebastião da Silva e o procurador da República Mário Lúcio Avelar por suposto favorecimento à pré-candidatura do ex-procurador da República Pedro Taques, durante a Jurupari. Também foi requisitado o afastamento e a quebra de sigilo telefônico de Julier e de Avelar.
Fonte: Olhar Direto
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