De Brasília - Vinícius Tavares
A senadora Serys Slhessarenko (PT) demonstrou "perplexidade" com o fato de o nome do deputado Carlos Abicalil (PT) constar, junto com o do governador Silval Barbosa (PMDB) e outras lideranças políticas do Estado, na representação contra o juiz da Primeira Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, e o procurador da República Mário Lúcio Avelar, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ainda no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Serys disse que Abicalil, como presidente regional do partido, pecou ao não consultar parlamentares nem membros do PT a respeito de apoiar esta representação na qual os líderes e partidos entendem que houve abuso por parte do magistrado e de representantes do Ministério Público Federal. As penas que podem ser aplicadas contra o magistrado vão de uma simples advertência ao afastamento compulsório (hipótese extrema).
"Sou membro da direção do partido e o deputado Carlos Abicalil não deveria ter apoiado nenhuma representação sem consultar o partido. Penso que a representação é um direito, mas não vejo motivo nenhum para ele ter assinado como presidente do partido. Estou perplexa", declarou com exclusividade ao Olhar Direto.
Para a parlamentar, o fato de o deputado ter apoiado as punições aos magistrados gera dúvidas a respeito da idoneidade do deputado. "O fato de ele ter apoiado esta represntação pode colocar em dúvida a sua condição perante a justiça. Será que ele se sentiu ameaçado de ser julgado por estes magistrados?", questiona a senadora.
Os autores da ação cobram uma investigação quanto à intenção da operação Jurupari, que levou 91 pessoas presas, entre elas o ex-secretário de Meio Ambiente do Estado, Luis Henrique Daldegan; o secretário de Assuntos Climáticos da Sema, Afrânio Migliari; além do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Ubiratan Spinelli, e do filho dele Rodrigo Spinelli. Também foi presa na operação a esposa do deputado José Riva (PP), Janete Riva.
Fonte: Olhar Direto.
Também subscrevem a representação o ex-governador Blairo Maggi (PR); os deputados federais Pedro Henry (PP), Homero Pereira (PR), Chico Daltro (PP), Carlos Bezerra (PMDB) e Wellington Fagundes (PR); o presidente do PHS, Gildeci Oliveira da Costa; o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Pedro Ferreira, que também é prefeito de Jauru; o deputado estadual Pedro Satélite, que assinou pelo PPS; Aluizio Lima Pereira, presidente da União das Câmaras Municipais de Mato Grosso (UCMMT); Airton Rondina, deputado estadual, que assinou também pelo PP; Adalto de Freitas, deputado estadual do PMDB; Octávio Augusto Regis de Oliveira, presidente Regional do PTC; e José Riva, como deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso.
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