Taques é cobrado e briga no PDTPedro Taques aderiu ao PDT, tenta consolidar seu projeto ao Senado, mesmo com obstáculos dentro do partido
É extremamente delicada a situação do pré-candidato a senador José Pedro Taques. Motivado pela inexperiência política e falta de habilidade, ele acabou trombando com parte dos filiados do PDT, que ensaiaram coro contra o projeto majoritário por considerar Taques autoritário, centralizador e por ignorar algumas sugestões. Os rebeldes só recuaram com a intervenção do presidente regional, deputado Otaviano Pivetta. Mesmo assim, a crise continua. Foi tensa a reunião da Executiva realizada na segunda, um dia após Rodrigo Rodrigues, assessor de Pivetta e pré-candidato a deputado federal, trocar farpas publicamente com Taques.
Na bronca por causa de conspirações, Pedro Taques compareceu à sede do partido, em Cuiabá, e logo mandou pegar sua ficha de filiação. Estava determinado a rasgá-la, dependendo do rumo das discussões. Pivetta o conteve. Disse que o ex-procurador da República não poderia jogar fora a chance de se consolidar como novo líder político e que a chance de se eleger senador é real. Filiados históricos, como Alonso Alcântara e Valdinei Barbosa, foram duros com Taques. Frente-a-frente, disseram que o pré-candidato precisa ter mais humildade no convívio com a militância.
Em verdade, Taques se mostra nervoso porque está chegando o período das convenções, que acontecem de 10 a 30 de junho, na condição de lanterna nas pesquisas de intenção de voto. Na briga pelas duas cadeiras de senador, ele ficaria hoje atrás do deputado federal Carlos Abicalil (PT), do ex-senador Antero de Barros (PSDB) e do ex-governador Blairo Maggi (PR). Sua esperança é de melhorar o desempenho nas pesquisas a partir do horário eleitoral e dos debates. Serão oportunidades para se tornar mais conhecido e de levar sua mensagem e proposta de trabalho a todo eleitorado.
Por enquanto, o ex-procurador da República que renunciou ao cargo vitalício convicto de que vai virar senador está atuando mais como bombeiro para apagar incêndio dentro do PDT. As brigas em outros partidos do grupo, como no PPS e no PSB, surgem também como complicadores e acabam por prejudicar as pré-candidaturas de Taques e do empresário Mauro Mendes, que trocou o PR pelo PSB para entrar na corrida pelo Palácio Paiaguás como espécie de líder da terceira via e, assim, contrapor as candidaturas de Silval Barbosa (PMDB) e de Wilson Santos (PSDB). A água está entrando no barco dos dois.
fonte: Blog do Romilson
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