A sensação de segurança aumentou em Lucas?
Uma pergunta difícil de se responder. Será que a simples visita feita por policiais do Comando de Operações Táticas de Alto Risco, o Cotar, é o suficiente para que a população possa andar pelas ruas ou se manter em casa sem medo? Será que um patrulhamento que por sete dias apreendeu apenas suspeitos, bicicletas, cachimbos para fumar droga e duas ou três cabecinhas de pasta base de cocaína possa ter tirado das mentes dos luverdenses a certeza de que a impunidade está no ar?
Não sabemos a respostas, mas suspeitamos que a população ainda tenha medo de passear pelas ruas do bairro Rio Verde e ser parada em falsos pedágios montados por bandidos que cobram R$ 5, R$ 10 para que o cidadão tenha o “direito” de ir e vir até sua casa. Acreditamos que ninguém se sinta seguro sem as cercas elétricas que enfeitam seus muros e vislumbram uma falsa sensação de segurança. Que nenhum cidadão esteja certo de que pode abrir seus portões eletrônicos sem medo de que um bandido qualquer invada sua casa enquanto se guarda o carro.
O que a população precisa é de um policiamento ostensivo e firme. De patrulhas que rodem pelas ruas 24h por dia. De policiais que desçam do carro e abordem todos os suspeitos vistos à toa pelas ruas às tantas da madrugada. De um conselho tutelar que responsabilize os pais dos menores que perambulam nas ruas às altas horas. De um sistema prisional que se incumba de garantir acesso à informação para que os presos de hoje não voltem às ruas amanhã ainda na condição de bandidos.
Precisamos, ainda, do empenho da sociedade na educação de seus filhos; no retorno a velha educação que impõe valores, ética, respeito, senso de responsabilidade, noção de que o direito individual não se sobrepõe ao coletivo e a certeza de que cada um pode sempre fazer mais pelo outro.
Não podemos deixar que as autoridades decidam sozinhas por onde começar a resolver o problema. Precisamos estar unidos nesta luta. Ir às ruas, fazer reuniões comunitárias, cobrar atitudes corretivas dos poderes constituídos, mas sempre sugerindo soluções para que não pequemos no apontamento das críticas vazias.
Precisamos cuidar dos quatro cantos a todo tempo: frente, costas, direita e esquerda. Não esquecendo de ler as entrelinhas, olhar mais longe e prevê que tudo pode mudar se cada um fizer sua parte. Temos que, simplesmente, ter em mente a noção exata deque nossos melhores guarda-costas somos nós mesmos e que se não nos cuidarmos ninguém olhará por nós. Só assim, nos protegendo, educando nossos filhos, criando oportunidades e dando uma segunda chance ao outro, poderemos viver em segurança.
Robson Fraga, o editor. Fonte: O Luverdense.
Robson Fraga, o editor. Fonte: O Luverdense.
Autor: Robson Fraga.
Fonte : TV Conquista.
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